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PT defende saída de Geddel e cita 'sucessão de escândalos' no governo Temer

Nota assinada pelo partido lembra que Geddel ficou conhecido pelo desvio de verbas públicas

Brasil|Do R7

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Geddel foi acusado pelo ministro demissionário da Cultura Marcelo Calero de ter feito pressão para liberação de obra em Salvador
Geddel foi acusado pelo ministro demissionário da Cultura Marcelo Calero de ter feito pressão para liberação de obra em Salvador

O PT vai aproveitar as denúncias contra o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, para tentar impulsionar o coro do "Fora Temer". Em reunião realizada nesta terça-feira (22), em Brasília, a Executiva Nacional do PT aprovou nota em que prega a demissão do ministro, a quem chama de "notório Geddel" e afirma que o governo comandado por Michel Temer está envolvido numa "sucessão de escândalos".

Em tom duro, o texto diz que, no passado, o ministro esteve "implicado" na fraude dos "anões do Orçamento" da União, como ficou conhecido o desvio de verbas públicas, por meio de emendas parlamentares. À época, em 1993, deputados foram acusados de manipular emendas para beneficiar empreiteiras. Geddel, porém, acabou inocentado na CPI que investigou o caso.


— Envolvido numa sucessão de escândalos, sendo o mais recente a prática de lobby em benefício próprio imputado ao ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, o governo golpista aprofunda a crise econômica, precipitando o País não apenas numa persistente recessão, mas agora numa gravíssima depressão.

Ex-ministro da Cultura diz que foi pressionado por Geddel para liberar obra em Salvador


Geddel foi acusado pelo ministro demissionário da Cultura Marcelo Calero de ter feito pressão para que o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) liberasse a construção de um prédio em Salvador, perto de uma área tombada, onde ele tem um apartamento. A Comissão de Ética Pública da Presidência abriu investigação para apurar o caso. Temer decidiu manter o ministro.

"A situação é insustentável", disse o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), após deixar a reunião da Executiva.


— O ministro tentou dourar a pílula, falando que não houve pressão, mas é grave o presidente ter conhecimento disso e nada fazer.

Na nota, a cúpula petista afirma, ainda, que crescem a instabilidade política, as "medidas de exceção", a incerteza, a insegurança e a violência. O documento faz críticas à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que limita o aumento dos gastos públicos por 20 anos, hoje em tramitação no Senado, e diz que o desemprego já atinge 22 milhões de pessoas.


A reunião tratou ainda do regimento do 6.º Congresso do PT, previsto para os dias 7, 8 e 9 de abril de 2017. Sob sua maior crise, com o impeachment de Dilma Rousseff, denúncias de corrupção contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o fiasco nas eleições municipais, o PT mudará sua direção nesse encontro. Há, porém, um racha interno e seus dirigentes ainda brigam para definir como deve ser a cara e o perfil do partido de agora em diante.

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