Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Renan barra projeto de Dilma que limita desonerações e aumenta impostos

Para presidente do Senado, Medida Provisória é inconstitucional

Brasil|, com R7

Medida provisória do governo limitava as desonerações fiscais concedidas em 2011
Medida provisória do governo limitava as desonerações fiscais concedidas em 2011 Medida provisória do governo limitava as desonerações fiscais concedidas em 2011

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), devolveu nesta terça-feira (3) ao Executivo a MP (Medida Provisória) das Desonerações, que reduz o benefício fiscal, concedido em 2011, a 56 segmentos da economia. Ele afirmou que considera a medida inconstitucional.

"Para qualquer ajuste, é preciso primeiro ouvir o Congresso Nacional", informou o senador.

— O governo editou medidas provisórias no recesso. Afetou trabalhadores. Agora, afeta o custo de produção. Aumenta imposto por medida provisória. O melhor sinal da estabilidade e do ajuste que o Brasil pode emitir é o funcionamento das suas instituições.

A medida, anunciada na última sexta-feira (27), faz parte do ajuste fiscal feito pela equipe econômica para garantir o cumprimento da meta de superávit primário deste ano.

Publicidade

A MP altera alíquota de contribuição previdenciária sobre a receita bruta, aplicada principalmente para setores da indústria, de 1% para 2,5%. Já a alíquota para empresas de serviços, como do setor hoteleiro ou de tecnologia da informação, subirá de 2% para 4,5%. 

A assessoria do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, informou neste início de noite que o ministério não vai comentar a decisão.

Publicidade

Logo após a decisão de Renan, a presidente Dilma assinou projeto de lei e o enviou ao Congresso com os mesmos termos da MP.

Renan estaria em lista de suspeitos de corrupção na Lava Jato

Publicidade

Oposição aplaude decisão

Integrantes da oposição aplaudiram e saíram em defesa do presidente do Senado.

"Renan Calheiros agiu hoje como autêntico presidente do Congresso Nacional. Tenho que fazer esse registro. Infeliz o País em que um único poder toma a si a prerrogativa das leis. Esse tipo de atitude já deveria ter sido tomada há muito tempo", ressaltou o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG).

Integrantes da oposição se revezaram no plenário com palavras de apoio à iniciativa de Renan, que também serviu para escancarar a tensão entre o peemedebista e o Palácio do Planalto.

"O Congresso Nacional volta a restabelecer suas prerrogativas. É inaceitável que o governo possa aumentar carga tributária utilizando única e exclusivamente uma MP sem que se faça a discussão no Congresso. Demos um sonoro recado à presidente", ressaltou o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO).

"Estava mais do que claro que o peso na folha teria duas consequências diretas neste momento: aumento do desemprego e da informalidade. O reajuste nas alíquotas cobradas sobre faturamento de empresas chegava a 150%, um crime que, como todo tributo ao setor produtivo, seria repassado para toda a economia", defendeu.

Já o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), fez um "apelo" para que Renan desistisse da decisão diante do momento político-econômico do País.

— Não vou recorrer a nenhum órgão desta Casa e ao plenário porque a questão não é regimental, ela é política. Nós vivemos um ambiente hoje no Brasil de dificuldade geral. Há uma dificuldade na política e na economia. E o pior momento é quando essas duas dificuldades se somam. Não podemos transformar questões, que são relativas ao governo e oposição, numa quase crise institucional.

Aumento de alíquotas da desoneração da folha atinge 56 setores

Levy reduz desoneração da folha de pagamentos e critica Mantega

Redução de desoneração da folha provocará economia de R$ 5,35 bilhões em 2015

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.