Rocha Loures deixa superintendência da PF em Brasília
Ex-assessor especial de Temer foi denunciado pela PGR por corrupção passiva
Brasil|Do R7
O ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) deixou por volta das 10h15 deste sábado a superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde estava preso. A PF informou que, ao longo do dia, vai instalar a tornozeleira eletrônica para garantir o cumprimento da decisão do ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), que na sexta-feira (30), mandou soltar o peemedebista.
Relator da Operação Lava Jato no STF, Fachin determinou o cumprimento de cautelares alternativas, entre elas o uso de tornozeleira e recolhimento domiciliar noturno (das 20 às 6 horas) e também aos sábados, domingos e feriados. O ex-deputado também deve entregar seu passaporte em 48 horas, não pode deixar o País e está proibido de manter contato com investigados, réus ou testemunhas do caso JBS.
Loures, ex-assessor especial de Michel Temer, e o presidente foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva. O ex-deputado foi filmado em São Paulo após receber de um executivo do Grupo J&F — controlador da JBS —, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, uma mala com R$ 500 mil.
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Segundo Joesley, Loures foi indicado por Temer para intermediar interesses do grupo. O ex-deputado foi preso no dia 3 de junho.
A tornozeleira para Loures teve de ser solicitada à PF em Goiânia.
— Para bem cumprir a decisão do STF de libertar o ex-deputado Rocha Loures apenas mediante a colocação de tornozeleira, a Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal aguarda a chegada do equipamento.
No mesmo dia, o advogado Cezar Bitencourt, responsável pela defesa de Loures, classificou como "lamentável" a ausência de tornozeleiras.
— É uma vergonha, o cidadão não pode pagar por isso, mas vamos ser compreensivos. Esse material é indispensável hoje em dia.