“Royalties para a Educação seriam difíceis sem manifestações”, diz Dilma na TV
Presidente também ressaltou Mais Médicos como uma das conquistas dos protestos de junho
Brasil|Do R7
Em entrevista ao Programa do Ratinho no SBT na noite desta segunda-feira (7), a presidente Dilma Rousseff creditou às manifestações de junho no País a aprovação no Congresso Nacional da divisão de 75% dos royalties do petróleo da camada pré-sal para educação e 25% para a saúde.
— As manifestações fazem parte da democracia e inclusão social do Brasil,quem conquista mais democracia quer mais democracia, quem conquista direitos, quer mais direitos. Graças a elas conseguimos aprovar o dinheiro do pré-sal para a Educação e a Saúde e o Mais Médicos.
Sobre o programa que traz médicos estrangeiros para atuar na rede pública, ela afirmou que não são apenas as regiões Norte e Nordeste que precisam de reforço, mas também as áreas periféricas das grandes capitais.
— O Mais Médicos não resolve a Saúde completamente. É preciso melhorar a infraestrutura, com mais hospitais, mais unidades de pronto-atendimento, mais postos de saúde. Mas as pesquisas mostram que a população quer, principalmente, um atendimento humanizado. Sabemos que 80% das doenças mais frequentes do Brasil, como pressão alta, diabetes, asma, bronquite e diarreia podem ser resolvidas em postos de saúde, no atendimento básico.
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R$ 112 bilhões em 10 anos
Segundo a presidente, o dinheiro dos royalties do petróleo da camada pré-sal deve chegar em duas levas para a Educação e a Saúde. O valor da exploração de camadas mais superficiais deve começar a ser investido já em 2014, cerca de R$ 2 bilhões para a Educação, de acordo com Dilma.
— A maior parte começa a entrar daqui a cinco anos. Serão R$ 112 bilhões em dez anos.
O valor deverá ser gasto com a valorização da carreira dos professores e para expandir programas de educação já existentes, como de ensino em tempo integral e técnico, segundo a presidente. Além disso, ela afirmou que novas universidades serão criadas para suprir a demanda que o País tem de engenheiros, médicos e professores de exatas.