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Seis entre cada dez entrevistados de pesquisa apoiam impeachment de Dilma com base em pedaladas fiscais

80,6% dos brasileiros duvidam da capacidade da presidente de lidar com a crise

Brasil|Rodrigo Vasconcelos, do R7, em Brasília


Dilma tem 80,7% de desaprovação de seu desempenho como presidente, segundo pesquisa da CNT
Dilma tem 80,7% de desaprovação de seu desempenho como presidente, segundo pesquisa da CNT

Dentre as pessoas que acompanharam o julgamento das contas do governo no TCU (Tribunal de Contas da União), 61,3% consideram que a rejeição por conta das chamadas “pedaladas fiscais” são motivo para impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff.

Os dados são da pesquisa da CNT (Confederação Nacional dos Transportes), em parceria com o instituto MDA, divulgados nesta terça-feira (27). No estudo, eles constataram que 52,6% dos entrevistados acompanharam ou ouviram falar do julgamento, e a maioria deles se posicionou contra Dilma.

Além disso, das pessoas que souberam da análise do TCU, 56,1% delas acredita que o Congresso Nacional irá reprovar as contas do governo em 2014. Este processo está no Senado, que ofereceu tempo para o Planalto preparar e apresentar a defesa.

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Diante deste cenário, segundo a pesquisa, 80,6% dos brasileiros analisam que a presidente Dilma não consegue lidar com a crise econômica. Para o presidente da CNT, Clésio Andrade, os problemas na economia tem um impacto muito maior na baixa popularidade dela e do governo e, embora exista possibilidade de impeachment, também há chance de melhora na aprovação do governo.

— Já houve impeachment no Brasil, isso pode acontecer. É muito difícil pra gente fazer uma futurologia nesse sentido, vai depender muito da situação do próprio governo, do ponto de vista de reagir do ponto de vista econômico, político, conseguir fazer os acordos. Às vezes até com a economia piorando, mas se consegue retomar a discussão do que precisa ser aprovado no Congresso, pode ser que ela consiga uma sobrevida.


Medo do desemprego

Diante da crise econômica, considerada por 60,9% dos brasileiros como a mais grave no País, 52,7% demonstraram preocupação em perder o emprego. Além disso, 84,3% dos entrevistados afirmaram conhecer alguém que ficou desempregado nos últimos seis meses.


A expectativa da maioria dos brasileiros, de acordo com o levantamento, é a de que a situação do emprego no País vai piorar nos próximos seis meses. Este índice de 55% se manteve estável em relação à pesquisa anterior, divulgada em julho deste ano.

Por conta deste cenário, segundo a CNT, aumentou o número de brasileiros com foco no pagamento de dívidas. O percentual de entrevistados com débitos vencidos ou a vencer caiu de 53,9% em julho para 51,6%, em outubro. Contas de cartão de crédito (36,7%), luz (27,3%) e de crediário em lojas (27,1%) são as campeãs em atraso de pagamentos.

Para Clésio Andrade, essa situação de pessimismo que surgiu na pesquisa mostra claramente que o desemprego está se aproximando das pessoas.

— As pessoas estão se endividando, abaixando a renda média, e como está acontecendo isso com elas, passam a ter mais pessimismo. Essa é a questão grave que o governo precisa olhar rapidamente, não só a política econômica, que foi a base de tudo isso, mas também resolver a questão da crise política.

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