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Senadores da oposição já discutem tramitação do impeachment no Senado

Eles acreditam que em até 15 dias presidente deve ser afastada

Brasil|Mariana Londres e Raphael Hakime, do R7, em Brasília

Senadores estariam negociando futuro do processo de impeachment nos corredores do Congresso Nacional
Senadores estariam negociando futuro do processo de impeachment nos corredores do Congresso Nacional Senadores estariam negociando futuro do processo de impeachment nos corredores do Congresso Nacional

Os senadores da oposição que vieram acompanhar a votação do impeachment na Câmara dos Deputados neste domingo (17) esperam que a Câmara aprove a abertura do processo e que a tramitação no Senado seja rápida.

Independente do resultado da votação na Câmara, ele precisa ser lido no Plenário do Senado para que seja instalada uma comissão, em caso de aprovação, ou para ser arquivado. Não há prazo para a leitura do resultado.

Para o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), a primeira parte da tramitação do processo no Senado, que termina com o afastamento da presidente por 180 dias, deve levar entre cinco e 15 dias.

— Quanto mais nós prorrogarmos [no Senado] mas tempo nós ficaremos sem governo. Porque a partir do momento que 342 deputados disserem sim, não será o Senado, que precisa de maioria simples, que irá barrar. Então é uma questão de tempo. Politicamente já está definido. O governo não vai querer sangrar cada vez mais o Brasil.

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O parlamentar lembrou que após o afastamento da presidente, que deve levar até 15 dias, o Senado entra em outro momento, de análise do mérito do processo, com sessões sendo conduzidas pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e votação no Senado que precisa de maioria simples.

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— A matéria chegará amanhã ao Senado e precisamos exigir celeridade. A indicação dos membros é em até 48 horas, mas pode ser feita em uma hora. Vamos ver se esse processo termine em uma semana, dez dias. Não podemos ficar sem governo, no outro momento [Collor], levou 48 horas.

O senador Romero Jucá (PMDB) também acredita que o processo no Senado será rápido e diz não acreditar que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), declaradamente governinsta, irá demorar para colocar a matéria em discussão.

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— O senador Renan Calheiros não tem esse perfil [de atrasar tramitação]. Ele tem um papel institucional maior do que qualquer processo.

Senadores governistas

Já os senadores governistas, que vieram acompanhar a votação na Câmara, evitam falar em tramitação no Senado porque acreditam que o processo não será aprovado na Câmara. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) que foi cara pintada no processo de impeachment de Collor, disse que não vai discutir a tramitação no Senado.

— Não vou discutir tramitação no Senado porque o processo não será aprovado hoje na Câmara, porque a oposição não tem os votos que diz ter, não tem votos suficientes.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que foi ministra chefe da Casa Civil de Dilma, disse que dá azar falar na tramitação do Senado antes do resultado da Câmara.

— Primeiro, a expectativa é que a gente termine com isso aqui, na Câmara, porque estamos trabalhando para isso. Aliás, acho que é factível, porque todo mundo inseguro com os números, muitos números para lá e para cá. Acho que isso é positivo, então, antes de findar aqui, nem pensar em Senado, dá azar.

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