A proposta de se implantar no Brasil o semipresidencialismo, um modelo no qual, apesar de haver um primeiro-ministro, o presidente mantém a força política, seria "extremamente útil para o Brasil", declarou nesta segunda-feira (21), o presidente Michel Temer, ao final de um almoço no Itamaraty oferecido ao presidente do Paraguai, Horácio Cartes, em visita oficial ao País.
Questionado se preferia o modelo português ou o francês, Temer disse que os dois são muito semelhantes.
— O presidente tem uma presença muito grande. Não adianta instituir um parlamentarismo em que o presidente é fraco.
O presidente informou que tem dialogado com o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Gilmar Mendes, com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) sobre o tema.
— Se vai dar certo ou não, não sabemos. Vamos alongar esses estudos para verificar qual é o melhor momento para sua aplicação, sua eficácia.
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Por essa razão, o presidente não arriscou dizer se a mudança poderia ser aplicada já nas próximas eleições.
— Não sei. Aí vamos precisar conversar, porque depende de uma mudança constitucional grande.
Temer justificou que as discussões estão começando agora.
— Vamos dar um tempinho.
O presidente comentou que esse é um tema típico da reforma política, que está sendo feita pelo Congresso Nacional.
O presidente comentou que "sempre" se encontra com Gilmar Mendes para discutir política.
— Aí vocês publicam: 'encontrou-se tarde da noite'. É que o presidente trabalha até meia-noite.
Diante do comentário que isso ocorre porque ele "respira política", ele afirmou.
— Eu respiro política, a melhor delas.