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Vou anunciar minha decisão sobre pedido de prisão só amanhã, diz Barbosa

Presidente do STF não quis antecipar futuro dos condenados

Brasil|Carolina Martins, do R7, em Brasília, com Agência Estado

Barbosa só vai decidir futuro de deputados cassados na sexta (21)
Barbosa só vai decidir futuro de deputados cassados na sexta (21)

O presidente do STF e relator do processo do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, declarou nesta quinta-feira (20) que vai anunciar sua decisão sobre o pedido de prisão imediata dos condenados no processo, feito pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, nesta sexta-feira (21).

Em entrevista coletiva, no STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro não quis antecipar o teor da decisão.

— Não gostaria de falar sobre o pedido formulado ontem pelo procurador-geral da República porque vocês terão conhecimento amanhã da minha decisão. Eu não vou antecipar nada. Amanhã vocês terão conhecimento do ter do pedido, da fundamentação, da motivação do pedido, e terão também o conteúdo da minha decisão, que deve ser breve.

O ministro também rebateu o argumento de que o Procurador-Geral da República teria adiado o pedido de prisão imediata para evitar que a decisão fosse tomada em plenário. Como o Judiciário está em período de recesso, o relator do mensalão pode definir a questão sozinho, sem consulta aos outros ministros.


Barbosa afirmou que não tem nada a dizer sobre as escolhas feitas pelo procurador e lembrou que o pedido foi feito logo no início do processo, mas ele negou.

— Esse pedido foi feito antes, no início da instrução penal e eu, na época, indeferi. Foi uma decisão pragmática. Evidentemente o momento é outro.


Câmara

Mais cedo, o presidente da Câmara dos Deputado, Marco Maia (PT-RS), não descartou a possibilidade de abrir as portas da Casa para dar asilo aos parlamentares condenados no processo de mensalão pelo STF. Como a Polícia Federal não tem autorização para entrar no Parlamento, os parlamentares estariam "a salvo" da prisão.


Apesar de não negar esta hipótese, Maia disse que não acredita que o presidente do Supremo, ministro Joaquim Barbosa, acate o pedido do Procurador-Geral da República de prender imediatamente os parlamentares já condenados na ação penal 470.

— É uma suposição tão vaga que nem acredito que isso possa acontecer. [E se acontecer], aí teremos que pensar no que fazer.

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