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Amazônia e cerrado têm desmatamento recorde em fevereiro, 2º mês do governo Lula

Dados do Inpe revelam desflorestamento 61% maior na Amazônia e 98% no cerrado em comparação com o mesmo mês de 2022

Brasília|Do R7, em Brasília

Área desmatada na Terra Yanomami, em Roraima
Área desmatada na Terra Yanomami, em Roraima

O desmatamento na Amazônia e no cerrado bateram recordes em fevereiro, segundo mês do novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem Marina Silva como ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima. Os números são os maiores do mês desde que o Deter, sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que reúne informações sobre desflorestamento, começou a ser alimentado.

Na Amazônia, a área desmatada passou de 198,67 km² em fevereiro do ano passado para 321,97 km² em fevereiro deste ano — alta de mais de 61%. Veja os números desde 2016:

No cerrado, o salto foi de mais de 98%: de 280,58 km², em fevereiro de 2022, para 557,85 km² no mesmo mês de 2023. Veja os números desde 2019:

Para o ativista ambiental Thiago Ávila, "o governo, para não frustrar as expectativas nacionais e internacionais sobre essa pauta, precisa ser mais enérgico no combate ao desmatamento, deixando uma mensagem clara de que não será tolerado nem anistiado quem cometer esse tipo de ação criminosa".


Em nota, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima disse que "o sistema Deter usa imagens de satélite ópticas e que há grande concentração de nuvens principalmente durante o período chuvoso (novembro a abril), existe a possibilidade de algumas alterações florestais terem ocorrido em períodos anteriores, assim como de eventualmente possuírem autorizações de supressão emitidas por secretarias estaduais de Meio Ambiente".

Ainda no texto, a pasta diz que, em conjunto com outras entidades públicas do setor ambiental, tomará "[...] medidas para responsabilizar e embargar remotamente desmatamentos que não possuírem autorização válida, dentre outras medidas administrativas, que poderão inclusive bloquear o acesso dos imóveis com desmatamento ilegal a crédito e à cadeia de compradores do agronegócio".

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