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Bolsonaro diz que jantar que reuniu cúpula dos poderes foi institucional

Arthur Lira, Rodrigo Pacheco, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, outros ministros do STF e parlamentares participaram

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Presidentes Rodrigo Pacheco, Jair Bolsonaro e Arthur Lira participaram de jantar
Presidentes Rodrigo Pacheco, Jair Bolsonaro e Arthur Lira participaram de jantar Presidentes Rodrigo Pacheco, Jair Bolsonaro e Arthur Lira participaram de jantar

O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta quinta-feira (23), que o jantar que reuniu a cúpula dos Três Poderes, realizado na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados na noite da última quarta-feira (22), foi "institucional". 

"Ontem fui num jantar aqui. Quem estava no jantar? Um jantar institucional convidado pelo Arthur Lira. Estavam lá Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, um cara do PCdoB de São Paulo, Lewandowski. Cada um pensa o que quiser dessas pessoas ou de mim", contou Bolsonaro durante conversa com apoiadores.

Lira ofereceu o jantar em homenagem a Gilmar Mendes, que completa 20 anos como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Participaram do programa o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e os ministros do Judiciário Alexandre de Moraes — desafeto do chefe do Executivo —, Ricardo Lewandowski, Kassio Nunes Marques e André Mendonça.

Do governo, marcaram presença os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil) e Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública). Cotado para ser vice de Bolsonaro na chapa à reeleição, o assessor especial e ex-comandante da Defesa Braga Netto também participou. A reportagem apurou que parlamentares da oposição também estiveram presentes, entre eles Orlando Silva (PCdoB-SP) e Reginaldo Lopes (PT-MG).

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Bolsonaro x Moraes

No início deste mês, Bolsonaro afirmou que Moraes, que comandará o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a partir de agosto, não cumpriu o acordo costurado pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) após as manifestações do 7 de Setembro de 2021.

"Estávamos eu, o Michel Temer e um telefone celular na minha frente. Ligamos para Alexandre de Moraes e conversamos por três vezes com ele, e combinamos certas coisas para assinar aquela carta. Ele não cumpriu nenhum dos itens que combinei com ele", contou Bolsonaro.

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No mesmo dia, Temer divulgou uma nota em que negou o acordo. "As conversas se desenvolveram em alto nível, como cabia a uma pauta de defesa da democracia. Não houve condicionantes, e nem deveria haver, pois tratávamos ali de fazer um gesto conjunto de boa vontade e grandeza entre dois poderes do Estado brasileiro. Mais do que nunca, o momento é de prudência, responsabilidade, harmonia e paz", disse o ex-presidente.

No mês passado, Bolsonaro acusou Moraes de abuso de autoridade e entrou com uma queixa-crime contra o ministro no STF — o ponto mais alto da crise entre o Judiciário e o Executivo. A ação foi arquivada, e dias depois ambos se cumprimentaram durante evento no Tribunal Superior do Trabalho.

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Antes do início da cerimônia, o presidente e o ministro estiveram juntos na sala vip, mas não se falaram. O presidente do TST, Emmanoel Pereira, quebrou o protocolo e pediu a Bolsonaro que condecorasse os novos ministros, tarefa reservada ao próprio presidente do tribunal.

Bolsonaro encontrou Moraes sentado, pediu que ele se levantasse e o cumprimentou. Depois da cerimônia, o ministro agradeceu ao presidente do TST a iniciativa de quebrar o protocolo e abrir espaço para a cordialidade. Antes de deixar o local, ele ainda se despediu do presidente com um novo aperto de mãos.

Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação de Jair Bolsonaro, foi preso sob suspeita de corrupção
Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação de Jair Bolsonaro, foi preso sob suspeita de corrupção Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação de Jair Bolsonaro, foi preso sob suspeita de corrupção

Milton Ribeiro

O jantar ocorreu no mesmo dia em que o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro foi preso. Ele foi detido na cidade paulista de Santos durante a Operação Acesso Pago, da Polícia Federal. O ex-chefe da pasta é acusado de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.

Também foram presos os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, apontados como lobistas que atuavam em esquema informal no Ministério da Educação. 

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Bolsonaro comentou a prisão do aliado. "Nós afastamos ele. Se tem prisão, é Polícia Federal. É sinal de que a Polícia Federal está agindo. Ele responda pelos atos dele. É um sinal de que eu não interfiro na PF. Se prendeu, tem um motivo. Se alguém faz algo de errado vai botar a culpa em mim?", disse. O presidente também afirmou que Ribeiro mantinha "conversa informal demais com pessoas da confiança dele" e que a corrupção "é zero" no governo atual.

Nesta quinta-feira (23), o desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal (TRF-1), concedeu liberdade a Ribeiro. A decisão também vale para os outros presos na operação: os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, o ex-assessor Helder Diego da Silva Bartolomeu e o advogado Luciano de Freitas Musse. Eles devem ficar soltos até o julgamento do caso pelo colegiado da Terceira Turma.

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