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Desoneração da folha: entenda a proposta aprovada pelo Senado 

Medida que foi introduzida em 2011 e chegaria ao fim neste ano é prorrogada até 2023 para garantir geração de empregos

Brasília|Do R7, em Brasília

Indústrias de diversos segmentos são beneficiadas pela desoneração da folha
Indústrias de diversos segmentos são beneficiadas pela desoneração da folha Indústrias de diversos segmentos são beneficiadas pela desoneração da folha

O plenário do Senado aprovou nesta quinta-feira (9) o projeto de lei que prorroga por dois anos a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia. A medida foi introduzida há dez anos e chegaria ao fim em 31 de dezembro deste ano. No entanto, com a prorrogação, passa a valer até 2023. 

O que é desoneração

Criada em 2011 pela lei nº 12.546, com o objetivo de estimular a geração e manutenção de empregos, além de aumentar a competitividade das empresas por meio da diminuição dos custos laborais, a desoneração consiste em um mecanismo que permite às empresas pagarem alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre as folhas de pagamento. 

A contribuição não deixa de ser feita, apenas passa a se adequar ao nível real da atividade produtiva do empreendimento. Em outras palavras, as empresas que faturam mais contribuem mais. Com isso, é possível contratar mais colaboradores sem gerar aumento da carga tributária (impostos). 

Setores estratégicos

Entre os setores beneficiados pela medida de fomento econômico estão a construção civil, a infraestrutura, a fabricação de veículos, máquinas e equipamentos, a indústria têxtil e de calçados, a tecnologia da informação, os projetos de circuitos integrados, o transporte metroferroviário de passageiros, o transporte rodoviário coletivo, o transporte rodoviário de cargas, entre outros. 

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Aprovação no Congresso Nacional

O relator do projeto no Senado, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), apresentou dois pareceres pela aprovação da matéria sem nenhuma alteração. Sem modificações do texto enviado pela Câmara, o projeto segue direto para a sanção presidencial, o que evita que a proposta tenha que voltar a ser votada pelos deputados. Há urgência para a aprovação e a sanção do texto, pois o prazo da desoneração acaba no fim deste ano.

O senador disse no relatório que, "após o aumento da vacinação contra a Covid-19 e a consequente redução da média de novos casos, o reaquecimento da economia impõe estímulos fiscais e a prorrogação (ou manutenção) dos já existentes". 

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Retomada de empregos

Veneziano falou sobre o cenário de altos índices de desemprego. Segundo ele "a não prorrogação da desoneração da folha criaria óbices para a retomada de empregos, ao aumentar os custos de contratação de mão de obra em vários setores que, atualmente, podem optar pelo recolhimento da contribuição previdenciária sobre a receita bruta, em vez da incidência da contribuição previdenciária patronal sobre a folha de pagamento".

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O projeto previa a desoneração dos setores até 2026, mas houve alteração na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara para evitar veto do governo federal. O prazo foi reduzido então para 2023. Como forma de compensação pela prorrogação da desoneração, o projeto também aumenta em 1% a alíquota da Cofins-Importação.

No relatório, Veneziano pontuou ainda que, como o projeto suaviza encargos que aumentam gastos de empresas, em especial das que utilizam grande volume de mão de obra, pode-se levantar a possibilidade de aumentar o número de setores beneficiados. Entretanto, para ele, a ampliação demandaria mais estudos para determinar as atividades que deveriam ser atendidas com a desoneração, assim como o impacto da medida, e que isso atrasaria a aprovação da matéria.

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