A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou que vai apresentar um plano de vacinação de crianças de 5 a 11 anos até o fim desta semana. O documento deve trazer o detalhamento necessário da imunização infantil, com cronograma de datas de início.
O governador do DF em exercício, Paco Britto, já havia adiantado, na última semana, que pretendia começar a vacinar o público infantil imediatamente após a distribuição das doses pelo governo federal.
O Ministério da Saúde divulgou que o primeiro lote de vacinas contra a Covid-19 para imunizar crianças de 5 a 11 anos de idade, com 1,2 milhão de doses da Pfizer, chega ao Brasil nesta quinta-feira (13). A remessa será entregue ao governo brasileiro às 10 horas, em Guarulhos (SP).
A vacinação contra a Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos de idade deve ser feita de acordo com uma lista de prioridades definida pelo Ministério da Saúde, priorizando crianças com comorbidades ou deficiências, quilombolas e indígenas serão as primeiras a serem atendidas.
Na sequência, entram crianças que vivem em lar com pessoas com alto risco para evolução grave de Covid-19 e o público infantil sem qualquer tipo de comorbidade, por faixa etária decrescente, na seguinte ordem: crianças entre 10 e 11 anos, crianças entre 8 e 9 anos, crianças entre 6 e 7 anos e, por último, crianças com 5 anos.
Segura
A imunização do público infantil foi aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 16 de dezembro, com duas doses e um intervalo de três semanas entre elas. Mesmo com as polêmicas sobre o tema, o próprio Ministério da Saúde também reconheceu a importância da vacinação de crianças.
A secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid da pasta, Rosana de Melo, enviou uma nota técnica ao STF (Supremo Tribunal Federal) afirmando que a imunização em crianças de 5 a 11 anos é segura. Na nota, Rosana ressaltou que testes clínicos foram realizados em milhares de crianças.
"Nenhuma preocupação séria de segurança foi identificada". A secretária ainda fez referência ao trabalho da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) na análise técnica que autorizou, de "forma rigorosa e com toda a cautela necessária", o uso da Pfizer em crianças a partir de 5 anos.
O documento enfatiza que, proporcionalmente, há menos infecções sintomáticas e casos com doença grave e mortes por Covid-19 em crianças e adolescentes, mas que a faixa etária tem "a mesma probabilidade de serem infectadas quanto os adultos e podem adoecer gravemente com evolução para hospitalização, além de complicações a longo prazo".