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Em meio a crise, vereador da cidade de irmão de Bolsonaro quer dar título a Milton Ribeiro

Vereador Pablo Pereira (PL) é autor do requerimento, protocolado na Câmara Municipal de Miracatu, no interior de São Paulo

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Educação, Milton Ribeiro
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Educação, Milton Ribeiro O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Educação, Milton Ribeiro

O vereador Pablo Pereira (PL) protocolou dois projetos de decreto legislativo que visam conceder o título de cidadão honorário de Miracatu (SP) ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao ministro da Educação, Milton Ribeiro.

A representação foi protocolada por Pereira na última quarta-feira (22), um dia após vir à tona o áudio em que o ministro da Educação afirmou que o governo deve priorizar pedidos de liberação de recursos feitos por dois pastores.

Não há, segundo o site da Câmara Municipal de Miracatu, data para análise dos dois projetos.

O município, inclusive, é comandado pelo prefeito Vinícius Brandão de Queiroz, que tem como chefe de gabinete Renato Bolsonaro, irmão do presidente da República.

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Crise no MEC

Durante uma reunião no ministério, Ribeiro afirmou que o governo federal prioriza prefeituras cujos pedidos de liberação de verba foram negociados por dois pastores (Gilmar Santos e Arilton Moura) que não têm cargo no Executivo.

"Porque a minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar. Porque foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão de Gilmar. Apoio. Então o apoio que a gente pede não é segredo, isso pode ser [inaudível], é apoio sobre construção das igrejas", disse Ribeiro, em áudio revelado pelo jornal Folha de S. Paulo.

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Desde então, parlamentares acionaram instituições como a PGR (Procuradoria-Geral da República) e o TCU (Tribunal de Contas da União) para que analisem as denúncias. Outros pedem ao ministro que renuncie do cargo. Em nota pública, Ribeiro blindou Bolsonaro e negou liberação de recursos.

"Não há nenhuma possibilidade de o ministro determinar alocação de recursos para favorecer ou desfavorecer qualquer município ou estado. Registro ainda que o presidente da República não pediu atendimento preferencial a ninguém, solicitou apenas que pudesse receber todos que nos procurassem, inclusive as pessoas citadas na reportagem", escreveu Ribeiro.

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