Flávio Dino sugere a Lula uso das Forças Armadas para conter violência no Rio de Janeiro
O ministro da Justiça e Segurança Pública falou com o presidente a respeito do emprego dos militares no estado após ataques
Brasília|Laísa Lopes, do R7, em Brasília
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta terça-feira (24) que sugeriu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usar as Forças Armadas para conter a onda de violência no Rio de Janeiro. Nesta segunda-feira (23), 35 ônibus foram incendiados no estado, em resposta à morte do sobrinho de um miliciano. De acordo com Dino, o presidente deve consultar o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, sobre o envio dos militares.
Além da Força Nacional, os efetivos da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal no estado foram ampliados. Ao todo, são 300 agentes e 86 viaturas mobilizadas.
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O ministro disse também que um grupo de 20 policiais civis de outros estados contribuem com as investigações sobre facções criminosas no Rio de Janeiro. "É impossível substituir o trabalho dos estados. Estamos complementando e debatendo o tema da participação das Forças Armadas em algumas áreas", disse Dino.
O ministro descartou a hipótese de uma intervenção federal e disse que não é uma decisão que o presidente possa adotar "a qualquer momento". "É preciso que se caracterize a completa ausência do governo, o que não há no momento. Não existe base para ter uma intervenção federal. O que vamos continuar fazendo é ampliação da participação federal com as Forças Armadas."
Violência no RJ
A cidade do Rio de Janeiro entrou em "estado de mobilização" nesta segunda-feira, às 16h50, devido aos ataques contra os ônibus na Zona Oeste. Perto das 18h40, o alerta já tinha subido para o estágio de "atenção". Esse é o terceiro nível — em uma escala de cinco — que considera os riscos de ocorrências de alto impacto no município.
O Centro de Operações da Prefeitura do Rio de Janeiro fez um alerta para o fato de que há manifestações em Magarça, Paciência, Cosmos, Santa Cruz e Inhoaíba. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar foram acionados.