Guedes diz que economia brasileira pode crescer 3% em 2022
Ministro da Economia também afirmou que o mercado já vislumbra uma queda das estimativas da inflação até o fim do ano
Brasília|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (14) que a economia brasileira pode crescer 3% até o fim do ano. A informação foi dada a empresários em evento promovido pela Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) e pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
"Se não fizer nada daqui até o fim do ano, já vai crescer 2,6%. Em vez de 1,5%, já está em 2,6% e pode chegar a 3%", disse. Guedes também afirmou que, em relação à inflação, as previsões apontavam que chegaria a 7,4% até o fim do ano, mas que já se vislumbra uma redução das estimativas para 6%.
Antes de sua fala, o presidente da ACRJ, José Antônio do Nascimento Brito, questionou o ministro sobre o motivo pelo qual os analistas financeiros erraram "de maneira grosseira no último ano em relação ao desenvolvimento da economia brasileira".
Sobre isso, Guedes ressaltou que existem os erros técnicos, sem intenção, e os intencionais, que são fruto de uma narrativa política. "Estamos causando uma mudança de estrutura na economia. Então, os modelos tradicionais não conseguem acompanhar a velocidade na mudança. Esse é o erro bem-intencionado. Agora, tem o erro da narrativa política, que também atrapalhou o governo em todo esse tempo. Esse é o erro intencional", explicou.
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O ministro ainda afirmou: "Passamos 30 anos com presidentes que eram de centro-esquerda e agora existe uma aliança de conservadores-liberais. Mudou o eixo. Tem uma crise de acomodação. Então, alguns estão errando sem querer porque a estrutura está mudando, e alguns estão fazendo militância", disse.
Investidor estrangeiro
Chefe do Instituto de Finanças Internacionais (IIF), Robin Brooks publicou em seu perfil no Twitter na última terça-feira (13) que, a poucos dias das eleições, o mercado internacional tem olhado o Brasil de forma positiva.
"Estamos a poucas semanas das eleições no Brasil, com as quais os mercados se preocupam há muito tempo. Mas o posicionamento do investidor estrangeiro acabou de se recuperar para as máximas históricas. Toda essa inquietação sobre a política brasileira pode ser apenas conversa. Os investidores estrangeiros estão ocupados comprando...", escreveu.