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Moro diz que recebeu US$ 45 mil por mês de empresa dos EUA

Quantia recebida em um ano de trabalho mais bônus equivale a R$ 3.722.412, na cotação do Banco Central desta sexta (28)

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

O pré-candidato ao Palácio do Planalto Sergio Moro
O pré-candidato ao Palácio do Planalto Sergio Moro O pré-candidato ao Palácio do Planalto Sergio Moro

O pré-candidato à Presidência da República Sergio Moro (Podemos) informou que recebeu US$ 45 mil por mês do escritório Alvarez & Marsal, o equivalente a R$ 242.766,00 mensais. O ex-juiz da Lava Jato afirmou que trabalhou com a empresa por cerca de um ano e recebeu também um bônus de US$ 150 mil. Ao todo, a quantia recebida (salários e bônus) totalizou US$ 690 mil. O valor corresponde a R$ 3.722.412, segundo a Calculadora do Cidadão do Banco Central na cotação desta sexta-feira (28).

"Eu recebia US$ 45 mil por mês, é exatamente o que eu recebia. Somando todos os descontos, impostos, no fundo dava metade, dava uns US$ 24 mil por mês", afirmou Moro, que acrescentou que recebeu bônus de US$ 150 mil.

"Eu não enriquei, eu fui trabalhar lá e recebia um bom salário. Um salário bom para o padrão dos Estados Unidos nessa função, mas longe de ter enriquecido", argumentou.

O TCU analisa se houve conflito de interesses pelo fato de o escritório americano atender empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato. Moro criticou o órgão, que, segundo ele, “está abusando do poder”, e negou a relação.

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"Quando eu entrei, eu pedi para colocar uma cláusula contratual dizendo especificamente que eu não prestaria nenhum serviço a empresas envolvidas na Operação Lava Jato", disse.

Nos últimos dias, parlamentares anunciaram que articulariam a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a atuação de Moro no setor privado, sob a alegação de suposto conflito de interesses. Para o ex-juiz da Lava Jato, a iniciativa não tem forças para prosperar. 

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Moro deixou a Operação Lava Jato em novembro de 2018. No ano seguinte, passou a integrar o governo do presidente Jair Bolsonaro como ministro da Justiça e Segurança Pública. Em abril de 2020, pediu demissão do comando do ministério após a troca da chefia da Polícia Federal.

De olho nas eleições de 2022, Moro se filiou ao Podemos em novembro do ano passado — a filiação abriu caminho para sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto pela chamada "terceira via". 

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