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'Não estamos discutindo preços dos combustíveis', diz equipe de transição

Coordenador do grupo técnico de Minas e Energia, Maurício Tolmasquim, diz que só próximo ministro poderá tratar de preços

Brasília|Plínio Aguiar, do R7 em Brasília

Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, sede do governo de transição
Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, sede do governo de transição Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, sede do governo de transição

O coordenador executivo do grupo técnico de minas e energia da equipe de transição, Maurício Tolmasquim, afirmou, nesta terça-feira (22) que o time não avalia mudanças nos preços dos combustíveis, que registram alta pela quinta semana consecutiva no país.

“Não está se discutindo nada no momento relacionado aos preços dos combustíveis. Estamos focados em analisar a situação atual, e não em tomar medidas que caberão ao próximo ministro. Só quem for indicado pelo presidente terá legitimidade para tomar essas medidas”, disse.

A Petrobras adota o modelo de Preço de Paridade Internacional (PPI), o que faz com o que o preço da gasolina, do etanol e do diesel acompanhe a variação do valor do barril de petróleo no mercado internacional. A empresa foi criticada diversas vezes pelo presidente Jair Bolsonaro diante da alta dos combustíveis.

Os cinco aumentos seguidos ao consumidor vieram mesmo com a Petrobras mantendo o preço do combustível congelado há, ao menos, 73 dias. A gasolina, por exemplo, sobe desde o dia 2 de outubro, quando o litro chegou a R$ 4,79. Desde então, o produto já acumula alta de 4,8% nas bombas. Isso se deve a aumentos praticados por refinarias privadas, como a de Mataripe (BA), importadores e varejistas.

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Também contribuíram para a escalada dos preços do insumo a alta no preço do etanol anidro, que compõe 27% da mistura da gasolina e, mais recentemente, no início do mês, o fechamento de estradas por bolsonaristas que protestavam contra o resultado das eleições. Os bloqueios pressionaram os preços da gasolina em estados do Sul do País, como Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, além de regiões de São Paulo.

A redução no preço da gasolina foi uma das bandeiras da campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). O preço começou a cair no fim de junho, quando o litro da gasolina chegou ao pico de R$ 7,39. Então, o governo conseguiu reduzir impostos federais e estaduais, medidas que foram seguidas de quatro reduções no preço praticado pela Petrobras nas refinarias.

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A ofensiva, três meses antes das eleições, baixou o preço do combustível em 35%, mas, com a alta das cotações internacionais do petróleo e dos derivados, a Petrobras ficou sem espaço para novas reduções e altas no preço final ao consumidor foram verificadas ainda entre o primeiro e segundo turno das eleições.

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Nesta semana, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), volta a Brasília e tem como principal desafio consolidar apoio para a proposta de emenda à Constituição (PEC) do estouro, que sugere deixar de fora do teto de gastos os recursos necessários para bancar o Auxílio Brasil, que voltará a ser chamado Bolsa Família, e uma série de medidas nas áreas de saúde, educação e investimentos sociais.

Além disso, Lula também quer avançar nas decisões de ocupação de cargos nos ministérios e em empresas estatais, como a Petrobras. Membros do governo de transição fugiram do assunto nas últimas semanas e frisaram que apenas o presidente eleito vai bater o martelo sobre os nomes.

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