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Presidente de Portugal faz contraponto a Lula e condena invasão à Ucrânia

Marcelo Rebelo de Sousa diz 'não ter nada a ver' com o posicionamento de Lula, que culpou a Ucrânia pelo conflito

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, em visita oficial ao Brasil, em 2021
O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, em visita oficial ao Brasil, em 2021 O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, em visita oficial ao Brasil, em 2021

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, disse nesta segunda-feira (17) que o país vai continuar a condenar a Rússia pela invasão do território da Ucrânia e afirmou “não ter nada a ver” com o posicionamento do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sobre o conflito.

"Se o Brasil mudar de posição, é uma escolha dele, nós não temos nada a ver com isso, e Portugal mantém a sua posição", declarou. No fim desta semana, Lula vai viajar para Portugal. Marcelo Rebelo garantiu que vai conversar com o brasileiro sobre a guerra na Ucrânia. "Direi que a nossa posição é essa. Se mudaram, a nossa continua a ser essa", comentou.

Nos últimos dias, o chefe do Executivo brasileiro chegou a culpar a Ucrânia pela guerra e reclamou que as principais autoridades do país não tomam nenhuma atitude para cessar o confronto com a Rússia. 

"A paz está muito difícil. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não toma iniciativa de paz, o [presidente da Ucrânia] Volodymyr Zelensky não toma iniciativa de paz. A Europa e os Estados Unidos terminam dando a contribuição para a continuidade desta guerra. A construção da guerra foi mais fácil do que será a saída da guerra, porque a decisão da guerra foi tomada por dois países", afirmou Lula durante a viagem aos Emirados Árabes Unidos.

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Encontro com chanceler russo

Nesta segunda-feira, o presidente teve uma reunião com o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov. O chanceler russo também conversou com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e afirmou que "as visões do Brasil e da Rússia são similares em relação aos acontecimentos" na Ucrânia.

"Estamos atingindo uma ordem mundial mais justa, mais correta, baseada no direito. Isso nos dá uma visão de mundo multipolar, levando em consideração as visões de vários países, e não só de poucos países. Isso é muito importante para a formação de instituições de governança global. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou bastante disso, estamos falando também de instituições financeiras e sobre a representatividade nessas respectivas instituições."

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Vieira declarou que a posição brasileira é a favor de um cessar-fogo na Ucrânia. Além disso, ele propôs a formação de um grupo de países amigos com o objetivo de mediar a paz no local. O chanceler brasileiro disse, ainda, que o Brasil é contra as sanções impostas à Rússia pela invasão do território ucraniano.

"Tais medidas, além de não contarem com aprovação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, têm impacto negativo sobre as economias de todo o mundo, em especial de países em desenvolvimento, muitos dos quais ainda não se recuperaram plenamente da pandemia [de Covid-19]."

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