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Queiroga quer incorporar novos remédios a protocolo contra Covid

Ministro pediu que comissão reavalie orientações a pacientes com a doença por haver novos medicamentos no SUS

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Paciente em tratamento hospitalar
Paciente em tratamento hospitalar Paciente em tratamento hospitalar

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, solicitou uma nova análise do protocolo de tratamento de pacientes com Covid-19 para incluir novos medicamentos. O pedido foi feito à Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao SUS). Queiroga explicou, nesta quinta-feira (14), que houve "perda de objeto" da antiga proposta, que contraindicava o chamado kit Covid em razão do surgimento de novos remédios indicados para o tratamento. Com isso, ele acabou se esquivando de decidir sobre o uso do pacote de medicamentos defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) — que incluía, por exemplo, azitromicina, ivermectina e hidroxicloroquina. 

"A própria OMS [Organização Mundial da Saúde] defende o que chama de diretriz viva", justificou o ministro, que afirma que as recomendações precisam ser atuais, acolhendo novos medicamentos que, à época em que as diretrizes foram elaboradas, ainda não estavam incorporados ao SUS. 

É o caso do Baricitinibe, disponibilizado para tratamento de pacientes adultos internados que necessitam de oxigênio por máscara ou catéter nasal. Já o Paxlovid, indicado para impedir a evolução da doença em quadros graves, ainda passará por consulta pública, mas a incorporação já possui sinal verde da própria Conitec, e a ideia é que na revisão haja um parecer sobre o uso do medicamento.

O pedido à Conitec vem em resposta ao recurso protocolado pelo grupo de estudos responsável pela elaboração das diretrizes. Os estudos, aprovados pela comissão, não passaram pelo crivo do então secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Hélio Angotti, que rejeitou os quatro relatórios que formavam as orientações. 

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Quatro meses após a comissão aprovar as diretrizes, Queiroga voltou atrás na decisão de Angotti e acolheu, na íntegra, dois dos relatórios: o que discorre sobre controle da dor, sedação e delirium em pacientes sob ventilação mecânica invasiva e o que orienta sobre assistência hemodinâmica e medicamentos vasoativos. 

"Foi feito um recurso ao ministro, e, conforme eu disse, eu iria julgar. Dois dos capítulos eu acatei na íntegra e um terceiro acatei parcialmente, já que havia uma desatualização", justificou Queiroga em conversa com jornalistas nesta quinta-feira (14). Além da atualização do texto com os medicamentos já incorporados ao SUS, o ministro pediu uma avaliação do uso de bloqueadores de interleucina-6, já que estudos indicam a redução da mortalidade em pacientes hospitalizados. "Hoje existe um dispositivo legal que permite ampliar o uso para além do que está na bula", disse. 

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