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Torres diz que não deu seguimento a relatório com dados de redutos eleitorais de Lula e Bolsonaro 

Investigação verifica se operações realizadas pela PRF no segundo turno das eleições tentavam impedir eleitores de Lula de votar 

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Torres durante sessão da CPMI do 8/1
Torres durante sessão da CPMI do 8/1

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres afirmou nesta terça-feira (8) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro que não viu “relevância” na planilha com a relação das cidades onde os então candidatos à Presidência tinham tido mais de 75% dos votos no primeiro turno das eleições de 2022.

Segundo Torres, por parte dele não houve “seguimento a este relatório”. “Foi uma planilha que foi feita, mas não vi relevância“, declarou. Investigações da própria Corregedoria-Geral da PRF e da Polícia Federal verificam se a planilha foi usada para concentrar operações da PRF no reduto eleitoral do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e impedir que os eleitores chegassem aos locais de votação.

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Segundo as investigações, a planilha foi produzida pela então diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, a delegada Marília Alencar. A suspeita é de que o documento auxiliou o ex-ministro a pôr em prática o plano de atrapalhar as eleições, o que foi negado pelo depoente.

Torres era ministro da Justiça do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que estava concorrendo à reeleição. “Não houve interferência do Ministério da Justiça no planejamento operacional da PRF”, alegou, e completou que a informação recebida por ele do diretor-geral era que o planejamento do segundo turno tinha sido semelhante ao do primeiro turno e foi executado sem alterações. “Ninguém deixou de votar, e o próprio TSE reconheceu isso.”

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