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Aceleramos o novo Ford EcoSport Titanium 2.0 automático

Com reestilização bem radical, SUV compacto ganha visual novo e interior totalmente renovado

Carros|Diogo de Oliveira e André Schaun, estagiário do R7

Grande frontal possui controle ativo, que segmenta melhor a entrada de ar
Grande frontal possui controle ativo, que segmenta melhor a entrada de ar Grande frontal possui controle ativo, que segmenta melhor a entrada de ar

"Reforma de emergência". Talvez esta seja a melhor definição da linha 2018 do Ford EcoSport, que não passou por um simples facelifit, mas por uma intensa reforma para tentar voltar ao topo do segmento, que a própria marca popularizou no Brasil ao lançá-lo em abril de 2003. Hoje no cenário nacional, os SUVs compactos estão na moda e representando uma grande porcentagem dos emplacamentos e da cobiça dos brasileiros. A reestilização do EcoSport foi pensada de dentro para fora, tendo claramente um apelo para o conforto e para o visual.

Traseira manteve o estepe na tampa, que na Europa e em outros mercados foi suprimido
Traseira manteve o estepe na tampa, que na Europa e em outros mercados foi suprimido Traseira manteve o estepe na tampa, que na Europa e em outros mercados foi suprimido

Além de ganhar interior exclusivo, a versão topo de linha Titanium passa a contar com o 2.0 flex do Focus associado ao câmbio automático de seis velocidades, que substitui a transmissão Powershift, de dupla embreagem. O motor entrega 176 cv de potência (etanol), tornando-se o mais potente da categoria, e desbancando o Hyundai Creta 2.0, de 166 cv. Se todas as mudanças serão o suficientes para recolocar o Ford EcoSport no centro dos holofotes, só o tempo dirá. Mas uma das respostas pode estar na versão de cima.

A Titanium pode ser definida como a opção menos aventureira da linha 2018, sendo voltada a um público mais urbano e que não vai se meter a fazer off-road. O primeiro indício é que, ao contrário do restante das versões que possuem o interior todo preto, a topo de linha é metade clara e metade escura. Sentado no banco do motorista, abaixo da linha dos olhos, todo o estofamento é em couro na cor cinza clara, chegando quase ao branco, e do volante para cima é tudo preto. Esta combinação mostra claramente que a versão Titanium é voltada aos clientes que têm mais cuidado com a limpeza dos bancos e não deseja encarar situações que sujem o estofamento clarinho.

Para evitar que os bancos fiquem sujos, principalmente com tinta de calça jeans, a Ford colocou a tecnoloigia "Soyol Repellent", que facilita a limpeza dos bancos com panos úmidos, através de um sistema parcialmente impermeável, assim como aconteceu no Ford Ka Trail, lançado em março.

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Painel da versão de topo é bicolor (preto e bege) e traz acabamento bem mais refinado
Painel da versão de topo é bicolor (preto e bege) e traz acabamento bem mais refinado Painel da versão de topo é bicolor (preto e bege) e traz acabamento bem mais refinado

Entre os itens de conforto e de auxilio ao motorista, o SUV oferece ajustes de altura do banco e de lombar, volante de três raios revestido em couro com ajustes de altura e de profundidade e botões para comando da mídia e do computador de bordo. Há também paddle-shifts. Sentando ao volante e olhando para todo o espaço interno, temos a impressão de que estamos em uma nova geração do EcoSport. O desenho do painel é totalmente diferente do antecessor, e de acordo com a própria Ford, mais de 50% das peças internas foram trocadas.

O grande destaque vai para a central multimídia Sync 3 (terceira geração) com tela flutuante de 8 polegadas, as plataformas Apple CarPlay e Google Android Auto e com velocidade processual rápida. Abaixo da tela tem duas entradas USB e uma tomada de 12V. A conectividade é um dos pontos fortes da linha 2018. A Ford prezou pelo lado tecnológico e visual. Falando em visual, o teto solar também dá um ar sofisticado ao SUV compacto. 

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Tela flutuante possui 8 polegadas a oferece as plataformas Apple Carplay e Google Android Auto
Tela flutuante possui 8 polegadas a oferece as plataformas Apple Carplay e Google Android Auto Tela flutuante possui 8 polegadas a oferece as plataformas Apple Carplay e Google Android Auto

O interior do novo EcoSport tem ainda ar-condicionado automático e digital com sete opções de velocidade, função Max A/C, que ajuda no resfriamento em dias de calor, sistema de monitoramento de pressão dos pneus, aviso de portas abertas, aviso dos faróis acesos, banco traseiro rebatível e bipartido, e uma série de porta objetos — são 20 no total. O console central tem apoio de braço, o som tem cinco alto-falantes da Sony, há console de teto com porta óculos, vidros elétricos, desembaçador do vidro traseiro, porta-luvas climatizado e iluminação no porta-malas. Todas essas peças mesclam contrastes em fosco e preto brilhante. O item de segurança mais importante na versão Titanium é a presença de sete airbags, incluindo um para os joelhos do motorista.

Veja a galeria completa do Ford EcoSport Titanium 2018

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Este turbilhão de novidades internas não vale para o lado externo, onde as alterações foram mais discretas. A maior mudança ficou na parte dianteira, que teve a grade superior reposicionada para cima e está mais unida aos faróis de xenônio com luzes diurnas em led, que também tiveram seu formato levemente alterado, dando um aspecto mais robusto. Já os faróis de neblina estão maiores e instalados em posição também mais alta.

A traseira teve leve alteração no desenho do para-choques e manteve o tradicional estepe no meio da tampa, uma marca registrada do SUV que, segundo a Ford, tem um grande nível de aprovação do público e é parte da identidade do EcoSport. Outra alteração foi na antena, que agora está na parte traseira e não mais na frontal, como sempre foi. Visto pela lateral, o SUV tem o friso cromado e calça rodas de 17 polegadas com pneus 205/50.

Ao volante

Ao sentar no acento do motorista, você se sente abraçado pelo banco, que é de extremo conforto e mantém a postura bem ereta. A partida é feita por botão, com chave presencial. Mas a grande expectativa ao acelerar o novo EcoSport é sentir a transmissão automática que substituiu o problemático câmbio automatizado Powershift, que até tem apelidos bem maldosos. O câmbio é considerado um dos responsáveis pela queda nas vendas do SUV, já que apresentou diversos problemas e limitações, como trepidações, ruídos e superaquecimento, retardando a troca de marchas e, em casos mais severos, exigindo a substituição prematura do kit de embreagem. Reforçando o que já foi dito, a versão Titatium possui o mesmo motor 2.0 do Focus, entregando potências de 170 cv (gasolina) e 176 cv de potência (etanol), e torques de 20,6 kgfm (gasolina) e 22,5 kgfm (etanol).

Câmbio automático oferece trocas de marchas mais suaves que o automatizado Powershift
Câmbio automático oferece trocas de marchas mais suaves que o automatizado Powershift Câmbio automático oferece trocas de marchas mais suaves que o automatizado Powershift

A diferença do novo câmbio para o Powershift é berrante, com trocas de marcha mais leves, suaves e agradáveis. As borboletas também são eficientes, respondendo de forma mais ligeira e diminuindo os trancos, inclusive nas reduções. A estabilidade também teve uma evolução considerável, principalmente nas curvas em alta velocidade. Este foi outro ponto que a Ford focou e conseguiu obter êxito.

Com tração apenas dianteira, o SUV teve o eixo traseiro enrijecido em 15% e houve aumento de 5% na rigidez torcional da carroceria, dando mais segurança na hora de pegar uma estrada, por exemplo, onde é possível sentir maior firmeza e menor vibração, aspecto reforçado também pelas rodas maiores e mais largas.

Um ponto que foi muito ressaltado pela fabricante é que o novo Eco possui acústica sem igual na categoria. Com as janelas fechadas, os barulhos externos e do motor são quase anulados, mas parece que neste ponto eles se equivocaram um pouco. O som não é tão isolado ao ponto de ser lembrado como um item positivo, um diferencial na hora na compra. A acústica do Honda HR-V, por exemplo, é superior, dando uma sensação de se estar dentro de uma bolha em meio aos barulhos externos da cidade.

SUV teve o eixo traseiro enrijecido e traz controles de estabilidade e tração, e sete airbags
SUV teve o eixo traseiro enrijecido e traz controles de estabilidade e tração, e sete airbags SUV teve o eixo traseiro enrijecido e traz controles de estabilidade e tração, e sete airbags

Uma novidade interessante é a grade frontal com controle ativo, que segmenta a entrada de ar no compartimento do motor, porporcionando benefícios. Segundo a Ford, a intenção é ter um motor mais inteligente, uma vez que havendo maior controle na entrada de ar, o combustível é economizado e a aerodinâmica também ganha uma pequena melhoria, com o fluxo feito de uma forma mais elaborada. A evolução foi muito grande do antigo para o facelifit, que mais parece uma nova geração.

Apesar da troca da transmissão, alguns pontos ainda não foram totalmente corrigidos, como os pequenos trancos que ainda incomodam um pouco na troca de marchas mais baixas, o que é deixado de lado se utilizado os paddle-shifts. O motor também grita bastante até chegar na 2 ª marcha, trabalhando com giro que chega a mais de 4.500 rpm. Uma questão que não mudou é em relação ao espaço do porta-malas, que continua com os mesmo 356 litros, contra 437l do Honda HR-V e 431l do Hyundai Creta. Seu porta-malas só supera os 306l do Chevrolet Tracker.

No conjunto da obra, o novo Ford EcoSport oferece evoluções mecânicas e de conforto. Por dentro, o utilitário é irreconhecível, mais agradável e conectado que seu antecessor. Por fora, ganhou requintes de robustez e, ao volante, apresenta melhorias na dirigibilidade e conseguiu quebrar a maldição do câmbio Powershift, além do trazer o moderno motor do Focus, que caiu como uma luva no SUV baiano que deu origem à categoria no Brasil. O novo Ford EcoSport chega às lojas de todo Brasil em meados de agosto, para tentar voltar ao topo das vendas, hoje dominadas por Honda HR-V, Hyundai Creta e Jeep Renegade.

FICHA TÉCNICA

Ford EcoSport Titanium 2.0 2018

Motor: 2.0 16V Duratec, quatro cilindros, injeção direta, flex 

Potência: 170 cv (G) e 176 cv (E) a 6.500 rpm

Torque: 20,6 kgfm (G) e 22,5 kgfm (E)

Câmbio: Automático, seis marchas

Direção: Assistida elétrica; tração dianteira

Freios: ABS com EBD

Freio de estacionamento: Elétrico

Pneus e rodas: 205/50 R17

Dimensões: 4,26 m (comprimento com estepe), 2,5 m (largura), 1,70 m (altura), 2,52 m (entre-eixos)

Peso: 1.750 kg

Tanque de combustível: 52 litros

Porta-malas: 356 litros

Aceleração 0-100 km/h: 9,5 segundos

Velocidade máxima: Não divulgado 

Garantia: 3 anos

Principais equipamentos: ar-condicionado automático e digital com sete opções de velocidade, monitor de pressão dos pneus, avisos de portas abertas e dos faróis acesos, banco traseiro bipartido e rebatível, 20 porta-objetos, console central com apoio de braço, som com alto-falantes da Sony, console de teto com porta óculos, trio elétrico, desembaçador traseiro, porta-luvas climatizado, iluminação no porta-malas, controles de estabilidade e tração, sete airbags, ABS com EBD nos freios, faróis de neblina, rodas de liga leve aro 17, chave presencial com partida do motor por botão, interior em duas cores, central multimídia com tela de sete polegadas.

Preço: Indefinido

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