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Maioria das cadeirinhas automotivas oferece proteção fraca ou ruim às crianças

Associação Proteste testou dez modelos e ressalta que, apesar do resultado, uso é indicado

Carros|Luiz Fernando Betti, do R7

Boneco que simula criança quase dá cambalhota em impacto frontal
Boneco que simula criança quase dá cambalhota em impacto frontal

As cadeirinhas automotivas são necessárias para proteger as crianças em acidentes de carro, mas estão longe de proporcionar a segurança desejável aos pequenos viajantes. A conclusão é da Associação Proteste, que divulgou nesta terça-feira (25) um teste no qual a maioria delas ofereceu proteção fraca ou ruim em colisões.

A avaliação reuniu dez modelos de cadeirinhas à venda no Brasil, para crianças entre 0 e 10 anos e de 0 a 36 quilos — veja o resultado de cada uma delas na galeria de fotos abaixo.

Em seguida, elas foram posicionadas num automóvel com estrutura semelhante ao do Volkswagen Golf e submetidas a impactos frontal e lateral, a 64 km//h e 28 km/h, respectivamente.

Durante os testes de colisão frontal, houve modelos de cadeirinhas que tiveram a parte traseira quebrada (Galzerano Orion Master) e a presilha lateral rompida (Baby Style 333), o que levou o boneco que simula a criança a dar quase uma cambalhota.


As cadeirinhas foram piores ainda nos testes de colisão lateral, que não são exigidos pelo Inmetro para certificar os equipamentos à venda no País. Em dois modelos (Burigotto Touring SE 3030 e Lenox Casulo), a cabeça da criança bateria na lateral da porta do carro no impacto.

Não vale o que pesa


Entre os dez modelos avaliados, oito receberam apenas uma ou duas estrelas, marca considerada ruim e fraca — a nota máxima são cinco estrelas. Apenas dois modelos receberam três estrelas, resultado considerado “aceitável”.

As cadeirinhas foram separadas em três grupos: 0 a 13 quilos, 9 a 18 quilos e 0 a 18 quilos. E nem sempre a mais cara obteve o melhor resultado nos testes. No grupo de cadeirinhas para crianças de 0 a 18 quilos, o modelo Chicco Eletta (R$ 779,99 a R$ 1.118,90) ganhou apenas uma estrela, enquanto o modelo Nania Cosmo SP Ferrari (R$ 439 a R$ 469) recebeu três.


O que precisa melhorar

Segundo a Proteste, as cadeirinhas automotivas podem melhorar em diversos aspectos visando à maior segurança. Entre os pontos citados — além da proteção lateral e frontal — estão a fixação do cinto de segurança, manual de instruções e o ajustamento da fivela.

Segundo o pesquisador da associação, Dino Lameira, os consumidores também devem atentar para alguns pontos na hora de usar a cadeirinha.

— A instalação correta é fundamental para que a cadeirinha atue da forma mais segura possível. É importante também prender bem o cinto de segurança, não deixar folgas entre o banco e a cadeirinha e usá-la virada para o assento.

Apesar do resultado decepcionante, Dino ressalta que o uso da cadeirinha é indispensável na proteção das crianças a bordo.

— Qualquer cadeirinha é melhor do que nenhuma. Mas elas precisam melhorar muito.

De acordo com a legislação, o uso de equipamentos para proteger as crianças é obrigatório. São três tipos: o chamado "bebê-conforto" (crianças de até 1 ano e peso de 13 kg); a cadeirinha ou poltrona (crianças de 1 a 4 anos e peso entre 13 e 25 kg) e o assento elevação (crianças de 4 a 7 anos e meio e pesos acima de 25 kg).

O site proteste.org.br/carrinhosbebe disponibiliza a tabela completa com os resultados dos equipamentos.Esse foi o quarto teste realizado pela Proteste em parceria com a Global NCap e ICRT (International Reserach & Testing).

Em dezembro do ano passado, nenhuma das cadeirinhas testadas ganhou a nota máxima em avaliação — veja na galeria de fotos abaixo.

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