Mirando nos "baixinhos", Fiat Linea é opção atraente abaixo dos R$ 60 mil
Brigando agora com City e Fiesta, sedã ganhou equipamentos para se alinhar à concorrência
Carros|Rodrigo Ribeiro, do R7



A lista de destaques do novo Fiat Linea 2015 indica que as novidades foram modestas no que diz respeito a equipamentos: o pisca-alerta automático em frenagens bruscas, por exemplo, está presente até no Volkwagen Up. O visual mudou mais, e inclui novos para-choques, tampa do porta-malas e interior redesenhados. A melhor novidade, porém, está no preço, que subiu R$ 1,1 mil no modelo de entrada Essence, agora oferecido por R$ 55.850.
O valor mantém o Linea mais próximo dos compactos Honda City e Ford Fiesta Sedan do que seus antigos rivais, como Civic e Nissan Sentra. Esse "rebaixamento" se deu por uma correção de percurso da marca, que assumiu seu erro estratégico.
Para dar fôlego ao já cansado sedã compacto-médio, a Fiat adotou soluções similares às do Linea turco, mas com adaptações a la Brasil: o para-choque traseiro, por exemplo, é estruturalmente o mesmo que o antigo. Porém, para encobrir o porta-placa (que foi para a tampa do porta-malas), a marca adotou um discutível aplique plástico que simula um extrator de ar. Nas palavras de um engenheiro da Fiat que pediu anonimato, é o preço de fazer uma atualização com orçamento reduzido.
Roupa emprestada
O investimento (não revelado) modesto incluiu adotar o interior do novo Punto ao Linea. Essa "permuta", porém, veio a calhar: mais bem acabado, o painel do hatch foi responsável por um crescimento em suas vendas, situação que pode se repetir com o sedã. A expectativa da Fiat é vender 30% mais do que em 2013, chegando a 800 unidades por mês - desse volume, 70% será da versão de entrada Essence, e metade terá câmbio automatizado dualogic.
E foi justamente essa versão avaliada por R7 Carros em um percurso urbano e rodoviário entre São Paulo e Bertioga, no litoral paulista. No trajeto, o sedã reforçou as boas virtudes da versão anterior e mostrou que as discretas atualizações tornaram o Linea uma boa opção para quem quer "subir" no segmento de sedãs.
Versão sedã do Punto, o Linea se aproveita do bom entre-eixos (2,60 m) e do porta-malas generoso de 500 litros para bater de frente com City, Fiesta e Cobalt, também derivados de compactos. A briga explica a lista de itens de série modesta para um "ex-médio": além dos obrigatórios ABS e airbag, há rádio com CD e mp3 (mas sem bluetooth), trio elétrico e rodas de liga-leve de 15 polegadas. A longa lista de opcionais integra desde sensor de estacionamento até bancos de couro, além do câmbio automatizado dualogic.
Quase automático
A transmissão sem embreagem, aliás, é um dos destaques do Linea. Custando R$ 3.390, ela mantém o pacote de atualizações batizado de "Plus", que melhorou o desempenho do câmbio automatizado. Não oferece o conforto de um automático tradicional (ou um automatizado de dupla embreagem), mas faz uma boa dupla com o motor 1.8 16V de até 132 cv.
O trem de força oferece desempenho mais do que suficiente para o trânsito urbano, e não decepciona no rodoviário. Bom isolamento acústico e suspensão recalibrada garantem conforto no dia a dia, mas ansiosos por mais desempenho devem apelar para a opção de trocas de marcha manuais na alavanca - ou por borboletas no volante, opcionais.
Parcimônia no recheio
Equipado com todos os opcionais possíveis (incluindo o péssimo navegador GPS embutido no painel de instrumentos), o Linea Essence salta para R$ 71.757 — a versão Absolute "completíssima" custa R$ 73.292. O foco do carro, porém, é em sua variante mais em conta, que oferece mais espaço e o mesmo nível de equipamentos oferecidos por seus rivais menores. Agora brigando com os "baixinhos", o Linea tem mais fôlego para sair do quase anonimato.
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