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Peugeot 2008 aposta em motor turbo e pacote completo de equipamentos para vingar entre os SUVs compactos

Aceleramos as versões de entrada e topo de linha do modelo, que aposta no custo-benefício

Carros|Luiz Fernando Betti, do R7, em Santo André (Bahia)*

Modelo tem linhas arrojadas na carroceria, com "onda" no teto e faróis em LED desde a versão de entrada
Modelo tem linhas arrojadas na carroceria, com "onda" no teto e faróis em LED desde a versão de entrada Modelo tem linhas arrojadas na carroceria, com "onda" no teto e faróis em LED desde a versão de entrada
Motor 1.6 turbo de 173 cavalos é elástico e vigoroso
Motor 1.6 turbo de 173 cavalos é elástico e vigoroso Motor 1.6 turbo de 173 cavalos é elástico e vigoroso
Acabamento da cabine está acima da média do segmento
Acabamento da cabine está acima da média do segmento Acabamento da cabine está acima da média do segmento

Pense num carro robusto, bem equipado, espaçoso e de visual modenro. Esta é a fórmula dos SUVs compactos, segmento que mais cresce no Brasil no momento. É claro que nem todos seguem à risca tais atributos, basta ver os novos Honda HR-V, Jeep Renegade e o renovado Renault Duster, cada um com seu ponto forte.

No meio desta briga, a Peugeot acaba de apresentar o 2008, que aposta no custo/benefício, com uma lista recheada de itens para abocanhar sua fatia. Disponível em três versões de acabamento, o crossover custa de R$ 67.190 a R$ 79.590. Para testar o modelo na prática, o R7 Carros foi até Santo André (Bahia) avaliar as versões de entrada (Allure) e topo delinha (Griffe THP).

Por fora, o 2008 tem visual sofisticado e bem resolvido, com luzes diurnas em LED nos faróis desde a versão de entrada. A configuração topo de linha se diferencia pelos retrovisores cromados e teto panorâmico de vidro.

Por dentro, o acabamento merece aplausos. O painel de controle tem desenho arrojado, materiais de qualidade e encaixes precisos das peças. A ergonomia é outro ponto positivo, com comandos à mão do motorista e boa posição de dirigir, graças aos ajustes de altura e profundidade no banco do motorista e no volante multifuncional.

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"Completão"

Em contrapartida, a cabine compacta tem espaço limitado. Os ocupantes viajam próximos um do outro na frente e, atrás, apenas dois adultos viajam com conforto. O console central entre os bancos poderia ser menos recuado, assim como a estilizada alavanca do freio de mão.

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Desde a configuração de entrada, o utilitário traz uma lista generosa de itens: direção elétrica; quatro air bags; ar-condicionado digital de duas zonas; rodas de liga leve de 16 polegadas; trio elétrico; sensor de obstáculos traseiro; piloto automático; faróis com luzes diurnas em LED e central multimídia "touch" de sete polegadas com GPS.

A versão topo de linha agrega bancos parcialmente em couro; air bags de cortina; sensor de obstáculos dianteiro; sensores de chuva e crepuscular; controle de estabilidade; assistente de partida em rampas e o grip control, sistema pra pisos de baixa aderência que consegiu tirar o "mini SUV" de um atoleiro enlameado no meio do trajeto.

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Fome de leão

Apesar de ser mais alto e encorpado que um hatch, o 2008 é um carro fácil de guiar. A direção elétrica ajuda nas manobras e a versão de entrada, com motor aspirado 1.6 de 122 cavalos, se mostrou ágil no trânsito. Porém, na estrada ela é um tanto ruidosa, sobretudo em velocidades mais altas, quando a cabine é invadida pelos barulhos de vento e rolagem dos pneus.

Para quem curte pisar fundo, a versão turbo é um prato cheio de diversão. O propulsor 1.6 THP de até 173 cavalos é elástico e entrega potência de sobra, mesmo em baixas rotações — os 24,5 kgfm de torque máximo são oferecidos desde as 1.750 rotações.

Pena que este motor é acompanhado apenas de um câmbio manual de seis marchas, que embora macio e preciso, não traz o conforto de uma caixa automática — algo esperado para um carro desse valor. Assim, é preciso escolher entre potência e comodidade. Não rola os dois juntos? Por enquanto, não.

Marcha à ré

A Peugeot espera que as versões automáticas respondam por 70% das vendas do crossover, embora não tenha colocado essa opção na versão topo de linha — uma estratégia arriscada em um segmento tão brigado.

Na apresentação do modelo em Santo André (Bahia), as versões automáticas não estavam disponíveis para teste. Contudo, o câmbio automático de quatro marchas não recebeu uma avaliação positiva nas avaliações anteriores do R7 Carros. Segundo a montadora, a ideia foi deixar o veículo mais acessível do que se viesse com uma caixa mais moderna, de cinco ou seis velocidades.

Apesar da ressalva, o modelo tem bom comportamento dinâmico, acabamento elogiável, farta lista de itens e preço inicial abaixo dos novos rivais. Com esses argumentos, a Peugeot espera vender 1.100 unidades mensais do 2008. Uma expectativa modesta diante dos rivais, mas que ilustra a ambição da montadora. Se houvesse uma opção automática na versão topo de linha, o crossover teria a chance de alçar voos bem maiores.

* Jornalista viajou a convite da Peugeot do Brasil

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