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Advogado de acusados pela morte de PC Farias vai sustentar que Suzana foi responsável por tragédia

Julgamento dos quatro ex-policiais que atuavam como seguranças começa segunda-feira

Cidades|Do R7, com Rede Record

Crime ocorreu em Maceió, em junho de 1996
Crime ocorreu em Maceió, em junho de 1996

O advogado de defesa dos quatro réus que irão a júri popular pelo assassinato do empresário Paulo César Farias e de sua namorada, Suzana Marcolino, informou que defenderá a versão de que Suzana matou o empresário e depois cometeu suicídio. O julgamento começará na próxima segunda-feira (6), em Maceió (AL).

Os ex-militares que atuavam como seguranças do empresário vão estar no banco dos réus. São eles Adeildo dos Santos, Josemar dos Santos, José Geraldo da Silva e Reinaldo Correia de Lima Filho. Ao todo, serão ouvidas 27 testemunhas, entre elas o ex-deputado Augusto Farias, irmão de PC Farias. O júri deve durar cinco dias e será presidido pelo juiz Maurício Breda, da 8ª Vara Criminal de Maceió.

O advogado José Fragoso disse que um laudo inicial sobre as mortes apontou homicídio seguido de suicídio, mas a versão foi descartada por um segundo laudo que, segundo ele, estaria cheio de erros técnicos, considerados gravíssimos em sua avaliação.

— Suzana Marcolino foi a única responsável pela tragédia que tirou a vida dela e do Paulo César Farias. Suzana tinha os motivos que só mesmo ela poderia dizer quais seriam.


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O Ministério Público ofereceu denúncia aos quatro réus, porém nenhum deles foi apontado exatamente como o assassino, por isso respondem por coautoria do crime. Mesmo ao longo desses 17 anos, ninguém foi acusado como mandante do crime que nunca foi realmente esclarecido.


No entanto, o promotor de Justiça Marcos Mousinho quer que os quatro sejam condenados pelo crime de homicídio, e não de coautoria. O promotor disse acreditar que eles não cumpriram com sua função — zelar pela vida das vítimas — porque sabiam que o crime seria cometido.

Na época em que foi morto, PC estava em liberdade condicional. Ele respondia por crimes como sonegação de impostos, falsidade ideológica e enriquecimento ilícito. A morte do tesoureiro foi investigada como queima de arquivo, pois ele poderia fazer revelações sobre a participação de outras pessoas nos esquemas.

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