Ao menos 25 ônibus foram incendiados em SC desde o início dos ataques
Onda de violência no Estado já atinge 13 cidades
Cidades|Do R7, com Agência Record
Após mais uma madrugada violenta no Estado de Santa Catarina, chega a 25 o número de ônibus incendiados desde o íncio dos ataques, na noite de segunda-feira (12). Além disso, 62 pessoas foram detidas – 46 delas continuam presas –, e três suspeitos de envolvimento na onda de violência morreram durante confrontos com policiais.
O major João Batista Reis, do Centro de Comunicação da Polícia Militar, recomendou que a população mantenha sua rotina de atividades, mas redobre a atenção, principalmente, à noite. Ele lembrou que as forças de segurança estão mobilizadas para garantir a volta à normalidade em um estado que não tem histórico de violência.
— Diante do clima [de insegurança], recomendamos à população que continue com sua rotina, mas tenha um pouco mais de cuidado e redobre a atenção principalmente nas atividades à noite e de madrugada. Estamos nas ruas e totalmente mobilizados para que a normalidade seja restabelecida o mais rápido possível.
O major também destacou que, para conter a onda de violência, foi montado um gabinete de crise, com integrantes de todos os órgãos de segurança do estado. O governo trabalha em parceria com o serviço nacional de inteligência para avaliar a relação dos ataques em Santa Catarina com os que ocorreram em outros estados, como São Paulo.
A polícia investiga se facções criminosas, com integrantes dentro e fora dos presídios, estão coordenando os ataques e não descarta a possibilidade de que as ações sejam represália ao acirramento do combate ao tráfico de drogas e às medidas recentes implementadas nos presídios catarinenses, como a redução de regalias e o aumento de ações de ressocialização.
Na tarde de quarta-feira (14) foi confirmado o afastamento, por 30 dias, do diretor da penitenciária de São Pedro de Alcântara, Carlos Alves. O pedido foi feito pelo próprio diretor. No fim de outubro, a esposa dele, que era agente penitenciária, foi assassinada e as autoridades investigam se o crime foi um ato de retaliação dos criminosos.
A polícia avalia ainda a possibilidade de que oportunistas estejam aproveitando a situação dos últimos dias para praticar atos de vandalismo.
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Assista ao vídeo:
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