Após quase 60 horas, incêndio em SC é controlado
Segundo a Defesa Civil do Estado, cerca de 9.200 moradores foram atingidos
Cidades|Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo
Foi controlada na manhã desta sexta-feira (27) a fumaça proveniente da queima de uma carga de nitrato de amônio armazenada em um galpão, em São Francisco do Sul (SC). Segundo a prefeitura municipal, a força-tarefa integrada por Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e outros órgãos conseguiu alcançar o foco da reação química e inundar a área por volta das 6h30. Durante a operação, foi usado aproximadamente 1,5 milhão de litros de água.
Para o Comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Marcos de Oliveira, o uso da câmera térmica tornou o trabalho mais eficiente. O equipamento foi trazido por técnicos da Vale Fertilizantes, empresa fabricante dos produtos que entraram em oxidação. Com ele, os bombeiros conseguiram identificar com precisão os focos do incêndio.
Agora as equipes trabalham para fazer a limpeza do local. Representantes de órgãos ambientais, como o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais), farão a avaliação das condições atmosféricas para definir quando a região será liberada para que os moradores retornem às suas casas. Por enquanto, está mantida a área de isolamento em um raio de 1 km. De acordo com a prefeitura, 800 pessoas estão desalojadas e recebendo assistência em um abrigo disponibilizado pela Secretaria de Assistência Social. A previsão é que a volta para casa seja retomada na tarde desta sexta-feira.
O acidente ocorreu por volta das 22h de terça-feira (24), no galpão de uma fábrica de fertilizantes, no bairro Paulas. A prefeitura decretou situação de emergência para acelerar as ações de assistência à população. Mais de 150 pessoas buscaram atendimento em unidades de saúde após terem inalado a fumaça, entre elas dois bombeiros militares que trabalhavam para controlar o foco da reação química. Um deles, David Marcelino, de 59 anos, teve intoxicação aguda e precisou ser transferido para o hospital regional de Joinville. O estado de saúde dele é considerado "muito grave".
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A presidente Dilma Rousseff solicitou que a Polícia Federal investigue as causas do acidente. Dilma mostrou preocupação com o caso e com a extensão dos danos provocados pela explosão e sugeriu a ação da PF. A presidente ligou para o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, e pediu a abertura da investigação.