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Chacina em sinuca: bar funcionava havia dez anos e reunia aficionados

O estabelecimento, considerado ponto de encontro dos amantes da sinuca, foi alvo de atiradores na última terça (21)

Cidades|Do R7

Estabelecimento funciona em bairro residencial
Estabelecimento funciona em bairro residencial Estabelecimento funciona em bairro residencial

O local da chacina que deixou sete pessoas mortas em Sinop, em Mato Grosso, nesta semana, foi reformulado e inaugurado há dez anos para se transformar no Bruno Snooker Bar. O estabelecimento funciona em um bairro residencial e é considerado um ponto de encontro dos amantes da sinuca, além de curiosos que vão ao bar acompanhar as partidas.

Era costume da família de Getúlio Rodrigues Frasão, de 36 anos, ir ao local. No momento do ataque, ele estava acompanhado da filha, Larissa Frasão de Almeida, de 12 anos, e da mulher, Raquel Gomes de Almeida. O amigo da família, Luís Carlos, os acompanhava. Foi Getúlio quem enfrentou os atiradores em partidas de sinuca no dia da chacina. Após ser derrotada, a dupla voltou ao bar armada e matou pai e filha, além do dono do bar e de outros frequentadores.

Segundo parentes de Getúlio, os corpos serão transportados para um município maranhense para o sepultamento. Raquel, segundo o delegado Bráulio Junqueira, "não morreu por sorte".

O dono do Snooker Bar, Maciel Bruno de Andrade Costa, de 35 anos, o segundo a ser assassinado, era conhecido por ser um exímio jogador do esporte. "Ele era apaixonado por sinuca", contou a sobrinha Fabiana da Silva Souza à reportagem do Estadão. Ele era maranhense de Bacabal. Antes de ir a Mato Grosso, para onde se mudou quando tinha 17 anos, morou no município de Pio XII, onde ajudava a mãe na roça.

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No início, trabalhou em madeireiras e em frigoríficos. "Foi com o acerto [verbas rescisórias] do frigorífico que ele decidiu investir no bar", disse a sobrinha.

"Ele jogava sinuca desde criança. Era apaixonado por Sinop e falava com muito orgulho da cidade", contou ela, acrescentando que "era uma pessoa muito alegre e não se envolvia em confusão".

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Bruno organizava torneios de sinuca em Sinop e em Alta Floresta e era torcedor do Flamengo. O sepultamento aconteceu na manhã desta quinta-feira (23), em Sinop. Do Maranhão, veio a mãe e um irmão. Ele era separado e deixou dois filhos, um de 10 anos e outro de 14.

Vítima assistia à partida de sinuca quando foi atacada

Josué Ramos Tenório, comerciante no segmento de distribuidoras de alimentos, vendia frutas junto com a família. Ele morava em Rondonópolis e parou no Bruno Snooker Bar para assistir à partida de sinuca. Segundo parentes, ele sempre ia ao bar e gostava de acompanhar o pessoal que jogava. "Ele nem estava jogando, estava assistindo. Nossa família está arrasada, todos sem entender", disse o filho, Cicero Dias, à imprensa local. Ele deixou a esposa e quatro filhos e será sepultado em Rondonópolis.

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Elizeu Santos da Silva, também conhecido por Cabecinha, foi o único que não morreu no local. Ele foi baleado e levado com vida para o hospital regional. Passou por uma cirurgia, mas não resistiu. Morando havia cerca de nove meses em Sinop, Elizeu trabalhava com um amigo no comércio de morangos. Ele era de São João do Ivaí, no norte do Paraná.

Um atirador foi morto em confronto e outro foi preso pela polícia

Sete pessoas, entre elas uma adolescente de 12 anos, foram assassinadas em Mato Grosso por dois homens que não aceitaram perder em um jogo de Sinuca. Seis pessoas morreram no local, e a sétima vítima, no hospital.

Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, e Ezequias Souza Ribeiro, de 27, foram apontados como autores da chacina. Ezequias foi morto em confronto com a polícia e Edgar foi preso na última quinta-feira (23).

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