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Comissão de deputados federais chega a Santa Maria para acompanhar investigações da boate Kiss

Audiência pública no dia 20 deve passar um panorama do caso e da legislação em vigor

Cidades|Do R7

A comissão externa da Câmara dos Deputados criada para acompanhar as investigações do incêndio na boate Kiss chegou a Santa Maria (RS) na manhã desta sexta-feira (15). Com membros da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e da Câmara Municipal de Santa Maria, os deputados se reuniram com autoridades locais para verificar o que já foi apurado sobre a tragédia, que aconteceu no dia 27 de janeiro e deixou 239 mortos.

A comissão é coordenada pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS), nascido na cidade. O plano de trabalho, definido no começo deste mês, inclui medidas como ouvir especialistas para elaborar um projeto com os parâmetros mínimos de prevenção a incêndios, que deverão ser os mesmos para todo o País.

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O deputado Nelson Marchezan Junior (PSDB-RS) disse que eles encontraram um clima de tensão entre as autoridades de Santa Maria.


— Cada um tentando se defender e o objetivo da comissão não é, de maneira nenhuma, aumentar o estresse, aumentar a pressão, aumentar a angústia, mas aumentar a transparência e trazer um pouco de equidade de um órgão afastado, que é a Câmara, que não tem uma competência específica.

Na terça-feira (20), haveria a primeira audiência pública sobre o caso. Um laudo técnico da boate deve ser apresentado pelo CREA-RS (Conselho Regional de Arquitetura e Engenharia do Rio Grande do Sul), assim como explicações sobre a legislação atual sobre prevenção de incêndios e um relato sobre o andamento das investigações. 


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Incêndio

O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, a 290 km de Porto Alegre, aconteceu na madrugada do dia 27 de janeiro e deixou 239 mortos e mais de cem feridos. O fogo teria começado quando a banda Gurizada Fandangueira se apresentava. Segundo testemunhas, durante o show foi utilizado um sinalizador — uma espécie de fogo de artifício chamado "sputnik" — que, ao ser lançado, atingiu a espuma do isolamento acústico, no teto da boate. As chamas se alastraram em poucos minutos.

A casa noturna estava superlotada na noite da tragédia, segundo o Corpo de Bombeiros. O incêndio provocou pânico e muitos não conseguiram acessar a única saída da boate. Os proprietários do estabelecimento não tinham autorização dos bombeiros para organizar um show pirotécnico na casa noturna. O alvará da casa estava vencido desde agosto de 2012.

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Esta é considerada a segunda maior tragédia do País depois do incêndio do Grande Circo Americano, em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. Em 17 de dezembro de 1961, o circo pegou fogo durante uma apresentação e deixou 503 mortos.

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