Defensoria diz que há presos desaparecidos de penitenciária em Cascavel
Órgão trabalha com hipóteses de fuga, esquartejamento e queima de corpos
Cidades|Do R7
A rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel terminou na madrugada desta terça-feira (26), quando os dois agentes penitenciários que estavam reféns foram libertados pelos presos. O comando da Polícia Militar informou que cinco pessoas foram mortas, sendo duas decapitadas.
Segundo a Defensoria Pública do Estado do Paraná, ainda há detentos desaparecidos desde o início do motim no último domingo (24). O defensor público de Cascavel, Marcelo Diniz, acredita em duas hipóteses sobre o desaparecimento.
— Que há desaparecidos é um fato, mas é preciso esperar para saber se fugiram ou foram mortos.
Apenas nove agentes penitenciários trabalhavam em Cascavel no início de rebelião
Cinco defensores públicos de diversas cidades paranaenses foram deslocados para acompanhar o trabalho de rescaldo na penitenciária parcialmente destruída durante a rebelião.
De acordo com os defensores, é preciso aguardar o trabalho de "varredura" que está sendo feito dentro das galerias da penitenciária para avaliar a real situação do que aconteceu durante a rebelião, uma das piores da história do sistema carcerário do Paraná.
Durante a madrugada foi concluída a transferência de 851 detentos. Eles seguiram para unidades de Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, Cruzeiro do Oeste, Maringá e Curitiba. Cerca de 200 presos permanecem na Penitenciária Estadual de Cascavel e estão abrigados em uma da galeria que não foi destruída durante o motim.
Corpos
Na manhã desta terça-feira (26), quatro corpos de vítimas da rebelião chegaram ao IML (Instituto Médico Legal) de Cascavel. De acordo com o órgão, dois dos corpos estão intactos — um deles tinha uma corda em volta do pescoço e o outro estava com as mãos amarradas por uma corda. Os outros dois corpos que chegaram ao IML estão mutilados e carbonizados.
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