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Delegado diz ter recebido proposta de R$ 100 mil de irmão de PC Farias para acusar apenas policiais

Antonio Carlos Lessa declarou que um jornalista intermediou a proposta do irmão de PC Farias

Cidades|Da Rede Record

Delegado disse que Augusto Farias ofereceu R$ 100 mil para apenas policiais militares serem acusados da morte de PC Farias e Suzana
Delegado disse que Augusto Farias ofereceu R$ 100 mil para apenas policiais militares serem acusados da morte de PC Farias e Suzana Delegado disse que Augusto Farias ofereceu R$ 100 mil para apenas policiais militares serem acusados da morte de PC Farias e Suzana (ULISSES DUMAS /ESTADÃO CONTEÚDO)

Os delegados Alcides Andrade e Antonio Carlos Lessa, convocados para esclarecer uma informação do depoimento de Augusto Farias da última terça-feira (7), foram ouvidos na manhã desta quarta-feira (8) no terceiro dia de julgamento dos quatro ex-policiais militares acusados de coautoria no duplo homicídio de PC Farias e Suzana Marcolino, encontrados mortos em 1996. Augusto Farias disse em plenário que recebeu proposta dos dois delegados — que presidiram o inquérito na época do crime — para entregar os policiais como culpados.

Andrade e Lessa negaram que isso tenha ocorrido e disseram, ainda, que a proposta de negociação foi de Augusto. Segundo Lessa, um jornalista intermediou a conversa e ofereceu R$ 100 mil para que apenas os policiais fossem acusados do duplo homicídio — livrando Augusto de qualquer suspeita do crime. 

Os delegados garantiram que não houve negociação e que os dois se encontraram com Augusto apenas durante o depoimento dele. 

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Denúncia

O Ministério Público ofereceu denúncia aos quatro réus, porém nenhum deles foi apontado exatamente como o assassino, por isso respondem por coautoria do crime. Mesmo ao longo desses 17 anos, ninguém foi acusado como mandante dos assassinatos que nunca foi realmente esclarecido.

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No entanto, o promotor de Justiça Marcos Mousinho quer que os quatro sejam condenados pelo crime de homicídio, e não de coautoria. O promotor disse acreditar que eles não cumpriram com sua função — zelar pela vida das vítimas — porque sabiam que o crime seria cometido.

Na época em que foi morto, PC estava em liberdade condicional. Ele respondia por crimes como sonegação de impostos, falsidade ideológica e enriquecimento ilícito. A morte do tesoureiro foi investigada como queima de arquivo, pois ele poderia fazer revelações sobre a participação de outras pessoas nos esquemas.

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