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'Foi possível constatar que a criança foi espancada', diz delegada sobre caso do bebê de 2 anos

A criança teve traumas no pulmão, crânio, líquido no abdômen e segue internada em coma na UTI da Santa Casa

Diário Digital

Diário Digital|Do R7

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A equipe da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) concluiu o caso que envolve uma criança de apenas 2 anos que está internada em estado gravíssimo na Santa Casa de Campo Grande. A mãe de 19 anos e o padrasto de 24 anos do bebê foram presos temporariamente na manhã desta quinta-feira (1°) e devem responder por tentativa de homicídio.

Durante a coletiva de imprensa, a delegada Anne Karine Sanches Treviza e a Nelly dos Santos Macedo relataram que o casal apresentou três versões e até o momento não confessaram o crime. A responsável pelo caso, a Nelly, afirmou que a maior dificuldade foi estabelecer a dinâmica sobre o que aconteceu com a criança, pois, havia muitas inconsistências do que foi notificado para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) no dia dos fatos.

"Foi informado que a criança teria caído em uma via pública e as diligências no local não deixava o fato concluído. Mas, havia o relato da mãe do bebê no hospital relatando que o pequeno teria caído da escada da residência, de onde estavam morando. Porém, as lesões na criança eram mais graves como - trauma no pulmão, fígado, crânio e líquido no abdômen e isso fez a equipe policial suspeitar de tentativa de homicídio", explicou Macedo.

Segundo a delegada, o casal era moradores de rua e nas imagens de câmera de segurança foi possível analisar que no dia dos fatos, os dois correm com a criança no colo e acionaram o SAMU em uma rua próxima à residência que ocorreu os espancamentos. "Sendo assim, foi possível constatar que a criança foi espancada dentro da casa e os dois estavam no local. No entanto, apresentaram três versões desconstruídas pela polícia".


Indagada sobre o fato dos jovens terem fugido da Capital, Nelly salientou que eles não queriam se responsabilizar pelo crime. "Só apareceram quando a foto do padrasto começou a ser divulgada. Inclusive, durante todo o momento, ela tentou proteger o 'Kadu', mas as câmeras de seguranças comprovam que os dois estavam juntos no momento das agressões".

Para a conclusão do inquérito, foram ouvidas mais de 10 pessoas, incluindo o pai biológico do pequeno que segue internado e da filha mais velha da jovem, de apenas 4 anos. A menina está em um abrigo pela decisão do Ministério Público de Mato Grosso do Sul.

Passagens pela polícia – O padrasto identificado como "Kadu" possui passagens por vários crimes como roubo majorada, violência doméstica, ameaça e entre outros, inclusive, registros policiais de quando era menor de idade. 

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