Dois reféns se jogaram do alto do prédio da Penitenciária Estadual de Londrina, na região norte do Paraná, após presos rebelados ameaçarem mata-los caso seus pedidos não fossem atendidos, na tarde desta terça-feira (6).
Segundo a Polícia Militar, o motim começou por volta das 11h40 com quatro reféns. O órgão relata que os dois reféns pularam, por conta própria, de uma altura de 20 metros, e fraturaram as respectivas pernas. As vítimas foram encaminhadas para um hospital e não correm risco de morte.
No total, os presos rebelados faziam 11 pessoas de reféns até às 21h. No momento, os policiais cercaram a área para realizarem a negociação com o grupo do fim da rebelião. Um dos presos que se rebelaram é um policial militar, preso por tráfico de drogas, portando 52 kg de maconha.
Os presos reivindicam mais tempo com a família durante o tempo de visita, que atualmente é de dois dias; pedem também por melhoria na comida – um dos presos, em entrevista à Rede Record, afirmou que às vezes servem o alimento cru.
Os detentos tomaram a Ala 21 do complexo, atearam fogo a colchões e estão no telhado da prisão. Munidos de faca e pedaços de madeira, eles ameaçam jogar os reféns do alto do prédio. O presídio está sem energia e sem água – policiais usam os veículos para iluminarem a área. Parentes dos presos estão no local e aguardam o andamento das negociações.
Há no local, cerca de 200 policiais que monitoram e ajudam no controle dos rebelados.
A Penitenciária Estadual era o único presídio do Paraná que ainda não havia registrado rebelião neste ano. Na unidade estão 1.150 detentos — a capacidade do local é de 1.090 pessoas.
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