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Mulher morre após passar 9 anos com bebê calcificado no abdômen

Condição é conhecida como litopedia, é rara, e acontece quando feto morto não é expelido

Folha Vitória

Folha Vitória|Do R7

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Uma mulher de 50 anos morreu depois de passar nove anos com um feto calcificado no abdômen. O caso é classificado como litopedia e foi registrado em um estudo publicado na terça-feira (7), no BMC Women's Health.

De acorddo com a publicação, a mulher buscou auxílio médico 30 dias depois de chegar aos Estados Unidos. Elava reclamava de dores abdominais, indigestão crônica e sensação de barulhos estranhos no estômago deopis das refeições durante anos.

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O histórico apresentava o diagnóstico de “gravidez abdominal calcificada e hipertensão essencial”, e os testes apontavam que a idade gestacional era de 28 semanas, quando o feto morreu.


Conforme histórico fornecido pela paciente, ela já tinha passado por oito partos vaginais, sendo que três das crianças morreram logo após o nascimento. Na nona gestação, houve um aborto espontâneo, porém, sem a excreção do material fetal, resultando em uma grande massa abdominal calcificada.

De acordo com um estudo publicado na Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, em 2019, a litopedia é um tipo raro de gravidez ectópica, e ocorre quando o feto de uma gravidez abdominal não reconhecida morre e se calcifica. O caso pode não ser detectado por décadas e causar complicações futuras. A litopedia rara e ocorre em 0,0054% de todas as gestações. Cerca de 1,5 a 1,8% dos bebês abdominais se tornam litopédios.


Neste caso, os médicos puderam constatar uma massa firme e móvel na parte inferior do abdômen, medindo aproximadamente 15cm x 20cm, sem sensibilidade à palpação. Questionada sobre o conhecimento do quadro, a mulher relatou que, durante a gestação, notou diminuição do movimento fetal.

Ao buscar auxílio médico, a mulher foi informada sobre a falta de batimentos cardíacos, indicando a morte do feto. A paciente foi instruída a ir para casa e tentar “parir” o feto e retornar em duas semanas se nada acontecesse espontaneamente. 


Embora o médico, à época, tenha recomendado ações de remoção do feto, a mulher não se sentiu confortável a dar continuidade aos procedimentos devido aos tratamentos recebidos previamente. Ela retornou à clínica para a realização da autorização de saúde obrigatória.

Uma semana após a consulta inicial em solo norte-americano, a refugiada se apresentou no departamento de emergência para avaliação de náuseas e vômitos intratáveis. Uma radiografia abdominal apontou esqueleto fetal e padrão inespecífico de gases intestinais com leve distensão intestinal, além de obstrução local. Ela foi internada durante a noite para observação clínica.

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Apesar de estar sendo acompanhada, por medo do hospital, ela acabou recusando a ingestão dos medicamentos orais. Quando aconselhada sobre a retirada do feto, calcificado, a paciente se recusou, e teria alegado avisar quando estivesse pronta.

A recusa pelo atendimento médico, assim como a desnutrição, acompanhada da obstrução intestinal, levou a paciente à morte 14 meses após o início dos auxílios prestados.

Com informações do Portal R7

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