Fumaça de incêndio trava Porto de São Francisco do Sul (SC)
Equipes da Defesa Civil devem esvaziar mais bairros durante a tarde; 800 estão desalojados
Cidades|Do R7
O incêndio no galpão de fertilizantes em São Francisco do Sul, que gerou uma densa nuvem de fumaça, paralisa as atividades no Porto de São Francisco, principal canal para escoamento de grãos no Estado. O presidente do porto, Paulo Corso, afirmou que a baixa visibilidade é o principal motivo para a suspensão das atividades. Corso disse ainda ser difícil prever a normalização dos embarques e desembarques e que ainda é cedo para calcular os prejuízos para a atividade portuária com o incêndio.
O incêndio começou na noite de terça-feira (24) em um galpão que armazenava 10 mil toneladas de fertilizante à base de nitrato de amônia, cuja oxidação produz uma fumaça densa. A Defesa Civil municipal estabeleceu um perímetro de segurança de 800 metros de raio a partir do incêndio, que não produz chamas.
Na tarde desta quinta-feira (26), equipes devem evacuar outros bairros do município. Entre os mais afetados até agora estão: Paulas, Rocio Grande, Pequeno, Portinho, Reta, Iteroba, Sandra Regina, Itaguaçu, Forte, Capri e Ubatuba. Ao menos 800 estão desalojados ou desabrigados.
Muitos moradores estão sendo encaminhados ao abrigo montado na Escola Claurenice Vieira Caldeira, no bairro Rocio Grande. Esta é uma medida preventiva já que a fumaça pode causar irritação na garganta, náuseas e em casos mais graves, insuficiência respiratória. A recomendação é que os moradores de localidades onde a fumaça possa chegar (dependendo da direção do vento), procurem ficar em locais arejados.
Na terça-feira (25) a prefeitura decretou situação de emergência. As chamas começaram por volta das 22h de terça-feira. Uma força-tarefa formada pela Defesa Civil, Corpo de Bombeiros Militar e Voluntário, Polícia Civil e Militar, Exército, Secretaria da Saúde e de Educação trabalham.
Fumaça tóxica força retirada de famílias de São Francisco do Sul (SC)
Mais cedo, o comandante João dos Santos Júnior, que coordena os 70 bombeiros voluntários integrantes da força-tarefa que atua na operação, disse que o trabalho é prejudicado pela mudança na direção do tempo na região, que leva a fumaça para diferentes lugares e a distâncias maiores.