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Goleiro Bruno é condenado a 22 anos e 3 meses de prisão pelo assassinato de Eliza Samudio em 2010

Sentença aponta que, além de Macarrão, Bruno Fernandes é culpado pela morte da modelo

Cidades|Enzo Menezes, do R7, em Contagem (MG)

Bruno é condenado pelo assassinato da modelo e ex-amante Eliza Samudio
Bruno é condenado pelo assassinato da modelo e ex-amante Eliza Samudio

O goleiro Bruno Fernandes foi condenado a 22 anos e três meses de prisão pela morte de Eliza Samudio, assassinada em junho de 2010. A sentença do júri popular foi lida pela juíza Marixa Rodrigues pouco depois das 2h10 desta sexta-feira (8). Bruno foi considerado culpado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado. O ex-capitão do Flamengo poderá recorrer, mas continuará preso em regime fechado.

A juíza começou a leitura do veredicto de Bruno, considerando o goleiro "mandante de trama diabólica", e ressaltou o envolvimento dele com tráfico de drogas.

— [Bruno tem] uma personalidade fria, violenta e dissimulada. É uma personalidade desvirtuada que foge dos padrões mínimos de normalidade. [Esses crimes de Bruno] Causam extremo temor ao seio da sociedade. A paz social deve ser preservada.

Só pelo homicídio triplamente qualificado — por motivo torpe, com uso de asfixia e sem possibilidade de defesa da vítima, Bruno pegou 17 anos e seis meses. A pena foi reduzida em três anos porque o réu "contribuiu com informações durante o testemunho", segundo a juíza.


Antes mesmo da leitura do veredicto, o promotor Henry Vasconcelos afirmou que ficou satisfeito com a decisão do júri. Já o assistente de acusação, Cidney Karpinski, disse à TV Record que a família de Eliza também estava satisfeita com a decisão do júri, composto por sete pessoas.

A defesa de Bruno pediu que não fosse feita nenhuma imagem do réu durante a leitura do sentença. O TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) acolheu o pedido. Em clima de revolta, todos os fotógrafos e cinegrafistas de emissoras de TV foram retirados do local. A Polícia Militar chegou a fazer um cordão de segurança em frente ao salão do júri para evitar a passagem dos profissionais de imagem da imprensa.


Fotos: Veja cenas do último dia de julgamento

A ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues, julgada ao lado do goleiro, foi absolvida. Ela respondia por sequestro e cárcere privado de Bruninho, filho do ex-marido com Eliza. Dayanne foi absolvida por 4 votos a 3.


A sessão desta quinta-feira (7), no Fórum de Contagem, na região metropolitana de BH, foi dedicada aos debates entre promotoria e defesa do jogador e de Dayanne. Os réus chegaram a ser ouvidos novamente no salão do júri e responderam perguntas dos advogados de defesa.

Em depoimento dado na última quarta-feira (6), o goleiro culpou o braço-direito, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, pelo crime. Bruno disse que Macarrão e Bola mataram a modelo e jogaram o corpo aos cães. Ele afirmou que o então melhor amigo teria contratado Bola para assassinar Eliza.

Em novembro, o processo sobre a morte de Eliza foi desmembrado, e foi concluído apenas o julgamento de Macarrão e de outra ex-amante de Bruno, Fernanda Castro Gomes. O ex-amigo de Bruno foi condenado a 15 anos de prisão pela morte de Eliza Samudio. Por sua vez, Fernanda foi considerada culpada pelos crimes de sequestro e cárcere privado de Eliza e de Bruninho. Pegou pena de cinco anos em regime aberto.

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