Maior fiscalização provoca queda nas denúncias de pornografia infantil na internet, diz ONG
Crime sempre liderou estatísticas da SaferNet, seguido por racismo
Cidades|Ana Cláudia Barros, do R7
Enquanto as denúncias de racismo encaminhadas à SaferNet Brasil entraram em curva ascendente, as de pornografia infantil, que sempre estiveram no topo das estatísticas, têm apresentado movimento contrário, como pode ser observado a partir da análise dos indicadores de 2006 a 2013.
Thiago Tavares, presidente da entidade, especializada no combate de crimes contra direitos humanos na web, destaca que vários fatores explicam a diminuição. Um deles é o processo de migração das organizações criminosas, responsáveis por sites que exploram comercialmente imagens de abuso sexual de crianças e adolescentes, para a chamada Deep Web (web profunda), invisível aos vetores de busca, como Google, por exemplo.
— É preciso um software específico para poder acessar e navegar por ela. Então, houve um processo, nos últimos dois anos, de migração de parte desses sites, que estavam na Surface [superfície] Web para a web profunda.
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Outro fator apontado por Tavares é a redução do tempo em que páginas ficam no ar. Segundo ele, atualmente, mais de 90% dos sites de pornografia infantil são removidos em até 72 horas. O resultado é fruto de uma articulação internacional, envolvendo 45 países, incluindo o Brasil.
— Existe uma cooperação internacional muito mais ativa, eficiente e que tem garantido celeridade na remoção dessas páginas, o que não havia em 2008, 2009, 2010. O tempo de vida dessas páginas reduziu drasticamente de três anos para cá.
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