O médico responsável pela cirurgia que resultou na morte da modelo Louanna Adrielle Castro Silva, de 24 anos, prestou depoimento à polícia de Goiânia nesta sexta-feira (7), que durou mais de cinco horas. Segundo a delegada Mirian Borges, o médico disse, em depoimento, que não foi feito o "parecer de risco cirúrgico" — onde a paciente deveria ter sido avaliada por um cardiologista. De acordo com o cirurgião, foram feitos apenas exames de sangue e um eletrocardiograma, o que segundo ele, eram suficientes para este tipo de cirurgia.Leia mais notícias de Cidades O resultado do eletro, anexado ao inquérito da polícia, apontou que Louana apresentava arritmia sinusal, que não é considerado uma doença do coração e não impediria a cirurgia. O médico contou, também, como surgiu a suspeita de que a paciente poderia ter usado drogas. De acordo com a delegada, após a primeira parada cardíaca, quando a equipe tentava reanimar Louana, a paciente teve “reações estranhas”. Essa suspeita foi o que motivou um dos médicos a preencher um relatório onde afirma que a paciente tinha "histórico de uso de cocaína e 'bala' relatado pela amiga". Para a policia, foi um procedimento importante porque direcionou aos exames toxicológicos, evitando futura exumação do corpo.Veja outras cirurgias plásticas que terminaram em tragédia O advogado do médico voltou a dizer que tudo foi feito para que a cirurgia corresse da melhor forma e que não havia a necessidade de UTI no hospital onde a operação foi feita e negou que o cirurgião tenha fugido do contato com a família de Louana.O caso A modelo Louanna Adrielle Castro Silva, de 24 anos, foi submetida a uma cirurgia para colocar próteses de silicone no sábado (1º) no Hospital Buriti, em Goiânia. Durante o procedimento, a jovem teve uma parada cardíaca. O hospital não tinha UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e ela precisou ser transferida ao Hospital Monte Sinai, onde sofreu uma segunda parada e não resistiu. Após a morte, foi emitido um documento afirmando que ela tinha histórico de uso de drogas. A família nega o que foi escrito pelo médico da UTI diz que ela tinha hábitos saudáveis e nem tomava bebidas alcoólicas. A polícia pediu um exame toxicológico ao IML.Leia mais notícias na nova home do portal R7