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Família acusa médico após morte de modelo durante cirurgia em Goiânia

Clínica não tinha estrutura para atender emergências

Cidades|

A família da modelo Louanna Adrielle Castro Silva, de 24 anos — que morreu no sábado (1º), durante cirurgia para implantes de silicone nos seios, no Hospital Buriti, em Goiânia —, aguarda o resultado de um novo laudo, solicitado ao IML (Instituto Médico Legal), para decidir se processará por erro médico o cirurgião plástico Rogério Morale de Oliveira.

A jovem morreu após duas paradas cardíacas durante a cirurgia. O corpo foi enterrado domingo (2), em Jataí, a 322 km de Goiânia (GO).

O médico, que tem clínica em Jataí e em Goiânia, é graduado e especializado pela Unicamp (Universidade de Campinas). Ele não atendeu aos contatos feitos pela reportagem até a publicação desta matéria.

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Vendedora autônoma e eleita Miss Jataí Turismo em maio deste ano, Louanna pagou R$ 6,5 mil pela cirurgia de implante da prótese de silicone. Como não havia UTI no Hospital Buriti, ela foi transferida para o Monte Sinai, distante 12 km, e não resistiu a uma segunda parada cardiorrespiratória.

As circunstâncias da morte e o atestado de óbito revoltaram a família. Giuliano Cabral Chaves, noivo de Louanna, contesta o atestado do hospital sobre a morte da jovem.

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— O atestado diz que ela era usuária de drogas, cocaína e ecstasy, o que teria provocado as duas paradas. Ela não usava drogas, bebia suco de frutas e detestava bebida alcoólica. Até brigava comigo quando eu tomava uma cervejinha.

O casal vivia junto há dois anos e pretendiam se casar em 2013. Desconfiado do erro médico, Chaves pediu ao IML de Goiânia um novo exame, detalhando a causa da morte.

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— Não concordo com esse atestado, e não há como rejeitar a possibilidade de negligência médica. Quando o médico acertou a cirurgia, garantiu que o hospital era equipado com UTI. Na hora descobrimos que, além de não ter a tal UTI, ele ainda mandou Louanna para outro hospital, alegando que lá, sim, tinha uma UTI. O médico apostou na sorte. Se não havia um mínimo de equipamentos para reanimação em caso de parada respiratória ou cardíaca, não deveria ter feito a cirurgia.

O pai de Louanna, Lourenço Adriano Silva, promete lutar por justiça.

— Esse médico tirou um pedaço de mim.

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