Ministério Público estadual quer reforço da Força Nacional nas ruas de São Luís
Pedido foi feito após ataque que deixou uma menina de seis anos morta
Cidades|Da Agência Brasil
O Ministério Público do Maranhão fez um pedido ao governo do Estado para que solicite o apoio da Força Nacional de Segurança nas ruas de São Luís. O ofício foi encaminhado na segunda-feira (6) ao secretário da Casa Civil do Maranhão, João Abreu, pela procuradora-geral de Justiça em exercício, Terezinha de Jesus Anchieta Guerreiro, para que haja policiamento ostensivo em toda a região metropolitana da capital.
No documento, o MP estadual destaca que a medida é necessária tendo em vista os recentes casos de violência e vandalismo praticados por ordem de líderes de facções e organizações criminosas, espalhando medo na população. O Ministério Público pede ainda que seja instalado um gabinete de gestão integrada para acompanhamento da segurança pública no Estado por todos os órgãos da área.
A Força Nacional está atuando com 150 homens, na segurança do Complexo Penitenciário de Pedrinhas desde outubro, quando a crise no sistema prisional se agravou, com uma rebelião que deixou nove mortos e 20 feridos.
A Polícia Militar deteve na segunda-feira seis suspeitos de participar do incêndio de um ônibus na Vila Sarney Filho, em São Luís, na noite de sexta-feira (3), entre eles três adolescentes. Dez suspeitos já haviam sido identificados.
O ofício do Ministério Público aponta ainda a necessidade de transferir, com urgência, para presídios federais, os detentos que ordenaram os ataques. O governo do Estado confirma que aceitou a ajuda do governo federal, mas que ainda não foi feita nenhuma transferência de presos.
Na segunda-feira, o Batalhão de Choque da Polícia Militar fez uma vistoria na penitenciária de Pedrinhas e apreendeu 16 armas brancas, 22 munições de revólver calibre 38 e três celulares, além de baterias, carregadores e chips de aparelhos celulares.
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O MP-MA requer, ainda, que o Estado providencie amparo legal e indenizações às famílias das vítimas que estavam no ônibus incendiado em São Luís. O governo diz que uma equipe da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Cidadania, formada por assistentes sociais, psicólogos e advogados, já está acompanhando as vítimas.
A assessoria do governo informa que disponibilizou auxílio-funeral para a família da menina Ana Clara Santos, de seis anos, que estava no ônibus incendiado e morreu vítima das queimaduras. Os demais feridos continuam internados nos hospitais Juvêncio Matos e Tarquínio Lopes, em São Luís, um deles ainda em estado grave.
Assim como a governadora Roseana Sarney, o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior, divulgou nota de pesar pela morte de Ana Clara, na qual condena a onda de violência na cidade e se coloca à disposição do estado e da União.
— Manifesto meu profundo pesar pela morte da criança Ana Clara, vítima de brutal, hedionda e repulsiva violência. Nada ameniza a dor dilacerante da família, a quem me uno em solidariedade e orações.
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