Mirian França é farmacêutica e doutoranda na UFRJ
Reprodução/FacebookAmigos da pesquisadora Mirian França, presa sob suspeita de ter assassinado a turista italiana Gaia Molinari no Ceará, organizaram um movimento no Facebook para defender a inocência da carioca. De acordo com o texto de apresentação da página, “Mirian está presa por ser negra e pobre”, o que a coloca em uma situação vulnerável ao abuso de poder.
Intitulada #liberdadeparamirianfrança #justiçaparamirian #justiçaparagaia, a página já havia recebido o apoio de mais de 4.500 pessoas na tarde deste domingo (4).
O corpo de Gaia foi encontrado na tarde do dia 25 de dezembro em um local conhecido como Serrote, na vila de Jijoca de Jericoacoara, com sinais de asfixia por estrangulamento. Mirian, que viajava com a italiana, foi presa no dia 29 após a polícia desconfiar das versões dadas por ela em depoimento.
O grupo que se mobiliza pela internet defende que não há nenhum indício claro do envolvimento de Mirian e que as supostas contradições apontadas pela polícia não foram reveladas sob pretexto de segredo de justiça. Já a polícia afirmou, por meio de nota, que a prisão temporária “foi solicitada com base em provas contundentes, recolhidas através do processo investigatório”.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, a mãe de Mirian, Valdicéia França, de 63 anos, questiona se a italiana estaria presa caso fosse sua filha a vítima. Para a aposentada, a atitude da polícia é racista.