Nível do rio Madeira sobe para 19,09 metros e mais de 2.400 famílias continuam afetadas pelas cheias em RO
Prefeito de Porto Velho foi a Brasília reivindicar o estado de calamidade pública
Cidades|Do R7
O nível do rio Madeira, em Porto Velho (RO), subiu novamente e bateu mais um recorde de cheia ao atingir 19,09 m na manhã desta quarta-feira (12), segundo dados da ANA (Agência Nacional de Águas). A cidade está em estado de emergência desde o início do mês.
Em Rondônia, 2.448 famílias ainda são afetadas pelas cheias do rio, de acordo com o coronel Farias do Corpo de Bombeiros. Segundo Farias, 1.672 famílias estão desalojadas e foram para casa de amigos e familiares e 776 estão em abrigos públicos.
A BR 364, que faz ligação com Rio Branco (AC), está tomada pela água e somente veículos de grande porte podem circular na via, durante o dia. A partir das 17h30, quando a visibilidade é baixa, nenhum tipo de veículo passa pelo trecho. Ainda segundo o coronel Farias, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) pode fechar a rodovia a qualquer momento.
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Diante disso, a alternativa para chegar até o outro lado do rio seria por meio de balsas. Atualmente, esse trajeto já é realizado dessa forma, mas seria necessário um reforço de balsas para atender a todos os veículos. As balsas sairiam do distrito de Jaci-Paraná e iriam até Abunã, ambos em Rondônia. De Abunã, o motorista consegue seguir viagem para Rio Branco. Até o momento, balsas de reforço ainda não foram solicitadas.
Calamidade pública
O prefeito de Porto Velho, Mauro Nazif, o coordenador municipal da Defesa Civil, José Pimentel e o secretário municipal de planejamento, Jorge Elarrat, viajaram a Brasília nesta terça-feira (11) para de reivindicar o estado de calamidade pública para a capital rondoniense, em decorrência da enchente histórica do Rio Madeira. De acordo com informações da prefeiura do município, o objetivo é conseguir recursos para a reconstrução da cidade.
Ainda segundo a prefeitura, na avaliação de Nazif, os prejuízos causados aos setores público e privado justificam o estado de calamidade pública, "pois somente na agropecuária as perdas já somam R$ 978 milhões. Os estragos em 31 prédios públicos ultrapassam os R$ 100 milhões e o setor privado já contabiliza mais de R$ 300 milhões".