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Ouça áudio de Bernardo pedindo socorro durante briga com a madrasta 

Conteúdo está lançado nos autos do processo; audiência aconteceu em Três Passos (RS) 

Cidades|Do R7, com Rede Record

Bernardo ao lado da mãe; Justiça faz primeira audiência sobre a morte do garoto
Bernardo ao lado da mãe; Justiça faz primeira audiência sobre a morte do garoto Bernardo ao lado da mãe; Justiça faz primeira audiência sobre a morte do garoto

Um áudio divulgado à imprensa revela uma briga entre o menino Bernardo Uglione Boldrini, assassinado em abril, aos 11 anos, e a madrasta Graciele Ugulini. Na conversa, o garoto grita pedindo socorro e discute com a mulher. O conteúdo foi apresentado na terça-feira (26) durante a primeira audiência do caso em Três Passos, no Rio Grande do Sul.

Durante a discussão:

Graciele — Eu vou agredir mais, eu não fiz nada em ti.

Bernardo — Fez sim. Tu me bateu.

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Graciele — Tu não sabe do que eu sou capaz.

Bernardo — Tu me bateu.

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Graciele — Tu não sabe.

Bernardo — Tu me bateu.

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Graciele — Eu não tenho nada a perder, Bernardo. Tu não sabe do que eu sou capaz. Eu prefiro apodrecer na cadeia a viver nesta casa contigo incomodando. Tu não sabe do que eu sou capaz.

Bernardo — Queria que tu morresse. 

Graciele — Tu não sabe do que eu sou capaz. Vamos ver quem tem mais força. Aí nós vamos ver quem tem mais força.

A delegada Caroline Bamberg Machado informou que o áudio deixa claro as ameaças praticadas pela madrasta contra o garoto. Ela prestou depoimento por mais de quatro horas ao juiz Marcos Luis Agostini. 

O depoimento da delegada, responsável pela investigação do caso e pela descoberta do corpo, no dia 14 de abril, foi o primeiro da série de 77 que o juiz vai tomar na fase de instrução do processo. Como o tempo ficou escasso, 22 das 33 testemunhas que seriam ouvidas durante o dia foram dispensadas e terão audiências remarcadas para outras datas. As outras dez falariam em sessão. As audiências foram encerradas nesta quarta-feira (27). 

O inquérito da Polícia Civil e a denúncia do Ministério Público acusaram Leandro de ser o mentor do crime, Graciele, de ser executora do plano, e a assistente social Edelvânia Wirganovicz e o motorista Evandro Wirganovicz de cumplicidade. Todos estão presos. O pai e a madrasta recorreram ao direito de não ir à audiência. Os irmãos Wirganovicz foram e ouviram vaias e palavrões de um grupo de dezenas de pessoas que faziam orações e pediam justiça diante do fórum.

A Justiça vai ouvir inicialmente as testemunhas que moram em Três Passos. Depois vai convocar as que residem em outras cidades. Ao todo, estão arroladas para prestar depoimento 25 testemunhas da acusação e 52 de defesa. Ao final, serão tomados os depoimentos dos réus e colhidas as alegações finais das partes. O juiz decidirá então pela absolvição, condenação ou encaminhamento para o Tribunal do Júri. Não há data prevista para o final do processo.

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