Parentes de vítimas da Kiss acompanham julgamento de pedido de liberdade de vocalista
Marcelo de Jesus dos Santos está preso desde o dia 28 de janeiro
Cidades|Do R7, com Rede Record
Parentes das vítimas do incêndio na boate Kiss viajam até Porto Alegre (RS) para acompanhar o julgamento do pedido de liberdade do vocalista da banda Gurizada Fandagueira, Marcelo de Jesus dos Santos. O pedido será analisado pelo Tribunal de Justiça a partir das 14h desta quarta-feira (29).
Integrantes da Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria organizaram uma caravana e desejam que a Justiça não conceda a liberdade. A 1ª Vara Criminal de Santa Maria já havia negado a solicitação de revogação da prisão do vocalista, por isso, os advogados do cantor recorreram ao Tribunal de Justiça.
Além de Marcelo, também estão presos o produtor musical Augusto Bonilha Leão, e os sócios da Kiss, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann. O incêndio em janeiro deste ano deixou 242 mortos.
A Secretaria de Saúde de Porto Alegre confirmou a morte de Mariane Wallau Vielmo, de 24 anos, às 5h15 deste do dia 19 de maio, no Hospital das Clínicas de Porto Alegre, capital gaúcha. Natural de Santiago, Mariane estudava Sistemas de Informação e trabalhava com informática em uma escola. Ela foi a 242ª vítima do incêndio e estava internada desde a tragédia.
De acordo com a assessoria de comunicação, quatro vítimas do incêndio continuam internadas no Hospital das Clínicas. Não há mais pacientes internados em outras unidades de saúde de Porto Alegre. Um paciente que havia recebido alta retornou para uma avaliação e a equipe médica achou melhor interná-lo de novo.
Incêndio
O incêndio dentro da boate Kiss no centro de Santa Maria, cidade a 290 km da capital, Porto Alegre, aconteceu na madrugada de 27 de janeiro.
O fogo começou porque, durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, um dos integrantes acendeu um artefato pirotécnico — uma espécie de fogo de artifício chamado "sputnik" — que ao ser lançado atingiu a espuma do isolamento acústico, no teto da boate. As chamas se espalharam em poucos minutos.
A casa noturna estava cheia na hora que o fogo começou. Cerca de mil pessoas estariam no local. O incêndio provocou pânico e muitas pessoas não conseguiram acessar a saída de emergência. Os donos não tinham qualquer autorização do Corpo de Bombeiros para organizar um show pirotécnico na casa noturna. O alvará da boate estava vencido desde agosto de 2012, afirmou o Corpo de Bombeiros.