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PE: após fim da greve da PM, Grande Recife tem 6 mortes e casos de saques

Policiais militares voltaram ao trabalho, mas Força Nacional segue nas ruas

Cidades|Do R7

Loja da Eletro Shopping na Imbiribeira, zona sul de Recife, é saqueada durante a greve da PM, na última quinta-feira (15)
Loja da Eletro Shopping na Imbiribeira, zona sul de Recife, é saqueada durante a greve da PM, na última quinta-feira (15)

Apesar de a Polícia Militar de Pernambuco ter encerrado a greve na noite de quinta (15), a madrugada desta sexta (16) continuou tensa na região metropolitana de Recife. Foram registrados na região ao menos seis homicídios — os casos contaram com patrulhamento da Força Nacional e da Polícia Civil. À noite, também foram registrados casos de saques.

Policiais militares voltaram ao trabalho após o fim da paralisação. Agentes da Força Nacional permanecem nas ruas até que a situação seja normalizada. Na madrugada de quinta (15), outras sete pessoas foram assassinadas — número superior à média do fim de semana, período em que o volume de mortes é maior. A cidade de Abreu e Lima sofreu uma onda de saques que causou grande prejuízo ao comércio.

Acordo

As negociações entre os policiais e bombeiros militares de Pernambuco em greve e o Estado foram acompanhadas pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Inicialmente composta por 18 itens, a pauta de negociação começou a ser enxugada e acabou com quatro pontos considerados "essenciais" pela categoria.


Todos eles foram alvo de debates com o Executivo: incorporação de gratificação por risco de morte ao salário-base, beneficiando ativos e inativos; construção de um plano de cargos e carreiras a partir da próxima segunda-feira (19) — com a criação de uma comissão que irá avaliar junto aos deputados estaduais as promoções na categoria; reestruturação do Hospital da Polícia Militar e criação de unidades de saúde para a categoria no interior do Estado.

Além disso, houve a promessa do governo estadual de que o aumento salarial voltará a ser debatido na primeira semana de janeiro de 2015, após os impedimentos causados pela lei de responsabilidade fiscal e lei eleitoral. Com a incorporação da gratificação de risco de vida, o salário-base de um soldado da PM passará de R$ 1.900 para R$ 2.800.


Uma das principais lideranças da mobilização, o soldado Joel Maurino, comemorou o fechamento do acordo. — Conseguimos avançar bastante. Com a incorporação da gratificação, por exemplo, quando formos discutir reajuste salarial, em janeiro de 2015, o porcentual que for concedido será calculado em cima de R$ 2.800 e não de R$ 1.900 como estavam querendo o governo anteriormente.

A categoria conseguiu também a promessa do governo de que novo aumento salarial voltará a ser debatido na primeira semana de janeiro de 2015, após os impedimentos causados pela lei de responsabilidade fiscal e lei eleitoral.

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