Presos e governo fecham acordo para terminar rebelião em Cascavel
O motim durou mais de 33 horas e terminou com a morte de pelo menos quatro detidos
Cidades|Do R7, com Record News
Depois de 33 horas, terminou a rebelião na PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel), na tarde desta segunda-feira (25). Os presos aceitaram liberar os dois agentes penitenciários que eram mantidos reféns, após a transferência de 600 presos para outras unidades do Paraná.
Os detidos já começaram a serem transferidos em comboios de 150. Segundo a polícia, quatro presos morreram, sendo que dois foram decapitados e dois foram jogados do telhado, de uma altura aproximada de 15 metros. A polícia também não descarta a possibilidade de haver outros presos dentro da penitenciária.
Os presos depredaram celas e atearam fogo em colchões. Cerca de 80% do presídio foi destruído. Por volta das 17h30, mais de 300 policiais permaneciam no presídio. A rebelião teria sido motivada por maus-tratos, qualidade da alimentação e falta de assistência jurídica, uma vez que muitos dos detentos teriam direito a revisão de pena.
As negociações para o fim da rebelião foram retomadas nesta manhã. Um grupo da Polícia Militar, acompanhado do diretor-geral do Depen (Departamento de Execução Penal), Cezinando Paredes, participaram das negociações, além de representantes da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania e da Ordem dos Advogados do Brasil.
A penitenciária tem capacidade para 1.116 condenados, mas abrigava 1.040, segundo o Depen (Departamento Penitenciário).
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