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Professores estudam ir à Justiça contra representantes do governo do Paraná

Confronto entre policiais e docentes deixou mais de 200 feridos e 13 presos na quarta-feira

Cidades|Do R7, com Agência Brasil

Mais de 200 pessoas ficaram feridas no confronto entre policiais e docentes em Curitiba
Mais de 200 pessoas ficaram feridas no confronto entre policiais e docentes em Curitiba Mais de 200 pessoas ficaram feridas no confronto entre policiais e docentes em Curitiba

Em greve desde a última segunda-feira (27), os professores da rede estadual do Paraná definem nesta quinta-feira (30) que medidas vão tomar para responsabilizar o governo do estado e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano (PSDB), pela ação policial que, ontem (29),deixou mais de 200 feridos e 13 presos. Entre as ações avaliadas pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Paraná, está acionar a Justiça contra o governo paranaense. A secretária-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Paraná, Vanda do Pilar Bandeira, falou sobre a decisão.

— Ainda estamos tentando absorver o massacre, mas também estamos nos organizando para definirmos nossas próximas ações. É um dia difícil, pois estamos atendendo a feridos, orientando os companheiros que foram detidos e atuando em várias frentes para obtermos as informações e a provas necessárias para os encaminhamentos.

Vanda disse ainda que o sindicato já está tratando do assunto com integrantes das comissões de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), com o Ministério Público e com a Defensoria Pública estaduais.

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— Convidamos representantes de organizações e segmentos que defendem os direitos humanos para definirmos uma ação coletiva para denunciar e tomar as medidas judiciais cabíveis contra o governador [Beto Richa], contra o secretário de Segurança Pública [Fernando Francischini] e contra o presidente da Assembleia Legislativa.

Na quarta-feira, o governador do Paraná, Beto Richa, disse, em entrevista coletiva, que os policiais reagiram a provocações de algumas pessoas que estavam na praça.

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— Sete black blocs foram presos. Os policiais, ao serem afrontados por esses baderneiros e black blocs, reagiram, em uma proteção natural de sua integridade física.

Para a representante do sindicato, no entanto, o governador poderia ter contido a violência.

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— Ele não assumiu seu papel de chefe da Polícia. Ele poderia ter parado com toda a violência, que foi extremamente desproporcional. Entendemos a função da polícia de proteger o patrimônio público, mas, em momento algum, ameaçamos esse patrimônio.

Apesar das críticas ao governador e de tornar pública a intenção de acionar a Justiça, o sindicato diz acreditar na via da negociação para derrubar o projeto de lei que altera as normas da previdência pública estadual, aprovado pela Assembleia Legislativa em meio ao tumulto que acontecia do lado de fora, na praça Cívica.

— Vamos pedir ao governador para não sancionar esta lei. Queremos continuar o debate com o governo, pois a mudança na previdência não contempla todos os servidores e, se aprovada, prejudicará cerca de 30 mil servidores.

Vários atos de repúdio aos excessos policiais estão previstos para acontecer hoje. Uma primeira concentração aconteceu esta manhã, na praça 19 de Dezembro, próxima ao Centro Cívico. Outra está agendada para o início da tarde, em frente ao Banco Central.

O Ministério Público do Paraná instaurou procedimento para apurar as responsabilidades por eventuais excessos de policiais na repressão aos professores. Já a Polícia Civil instaurou inquérito para apurar os fatos e a possível participação de pessoas estranhas aos professores no ato e no início do tumulto. A Secretaria de Segurança Pública lamentou o episódio, garantindo ter orientado os responsáveis pela operação para evitar a violência e o confronto.

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