A jovem Ritchieli Pedroso Lucas, 19 anos, recebeu alta médica e deixou o Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, na manhã desta terça-feira (2). Ela era a última vítima ferida no incêndio da boate Kiss que continuava internada. A tragédia, que aconteceu em janeiro, deixou 242 mortos.
A irmã dela, Driele, que também estava na boate durante o incêndio morreu. A jovem mora em Santa Maria (RS).
Segundo boletim do hospital, Ritchieli ficou internada recuperando-se de queimaduras e de um quadro de insuficiência respiratória. Após a alta, “ela volta para casa em bom estado de saúde, podendo seguir sua vida normalmente”.
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Na nota do hospital ainda, Bráulio Severo Lucas, pai de Ritchieli e Driele, agradece “em nome da família, o carinho de todas as pessoas que demonstraram solidariedade” e lamentou profundamente a morte da Driele.
Incêndio
O incêndio dentro da boate Kiss no centro de Santa Maria, cidade a 290 km da capital, Porto Alegre, aconteceu na madrugada de 27 de janeiro. O número de mortos chegou a 242.
O fogo começou porque, durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, um dos integrantes acendeu um artefato pirotécnico — uma espécie de fogo de artifício chamado "sputnik" — que, ao ser lançado, atingiu a espuma do isolamento acústico, no teto da boate. As chamas se espalharam em poucos minutos.
A casa noturna estava cheia na hora que o fogo começou. Cerca de mil pessoas estariam no local. O incêndio provocou pânico e muitas pessoas não conseguiram acessar a saída de emergência. Os donos não tinham qualquer autorização do Corpo de Bombeiros para organizar um show pirotécnico na casa noturna. O alvará da boate estava vencido desde agosto de 2012, afirmou o Corpo de Bombeiros.