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Uma semana após recusar apoio da Força Nacional de Segurança, governador de SC volta atrás

Estado vive onda de violência há 14 dias, com 97 ataques em 30 cidades

Cidades|Do R7

O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se reuniram em Florianópolis no fim da tarde quarta-feira (13) para discutir a transferência de detentos para penitenciárias federais. O Estado vive, desde de 30 de janeiro, uma onda de violência que já registra 97 ataques em 30 cidades.

Há unidades prisionais em cidades do Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Paraná, Brasília e Rondônia. Por questões de segurança, o governador disse que não vai divulgar quando e para onde os presos devem ser levados.

— O sigilo é fundamental e estratégico para o sucesso desse tipo de operação, porque envolve a atuação de dezenas de agentes penitenciários, policiais militares e civis.

Envio de tropas federais depende apenas de pedido do governador de SC, diz ministro da Justiça


José Eduardo disse que o Ministério da Justiça veio somar esforços e apoiar o Estado no combate à criminalidade.

— Os governos federal e de Santa Catarina estão trabalhando em absoluta parceria.


Na última reunião entre Cardozo e Colombo, na última quarta-feira (6), o governo federal já havia oferecido ajuda da Força Nacional de Segurança no combate ao crime em SC. Porém, um dia depois, o secretário de Segurança Pública, César Augusto Grubba, descartou a possibilidade em um primeiro momento. Agora, o governador já disse cogita o apoio.

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As ocorrências

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, das 97 ocorrências registradas desde o dia 30 de janeiro, em 30 municípios catarinenses, 70 foram ataques e outros 27 atos de vandalismo. Foram presas 52 pessoas e 19 menores foram apreendidos. Um homem foi morto em confronto com policiais militares em Joinville. As forças de segurança pública apreenderam 13 litros de combustível, 600 quilos de dinamite, sete armas de fogo e dois artefatos explosivos, entre outros.

Onda de violência

O motivo dos atentados teria relação com maus-tratos a detentos, assim como aconteceu em novembro. Um vídeo gravado em um presídio de Joinville mostrou presos sendo torturados por agentes penitenciários. O policiamento foi reforçado em todas as regiões.

O número de cidades em Santa Catarina que registraram ataques supostamente feitos por uma facção que atua no Estado já supera o verificado em 2012, ano em que a série de atentados começou. Em oito dias, foram registrados mais de 70 casos, a maioria deles ônibus incendiados.

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