A agência de classificação de risco Moody's colocou nesta quarta-feira (9) o rating do Brasil, atualmente em "Baa3", em revisão para rebaixamento, colocando o País perto de perder o selo de bom pagador atribuído pela agência de classificação de risco. Segundo a Moody's, a revisão é consequência da acelerada deterioração das condições macroeconômicas e das tendências fiscais do País. Em comunicado, a agência citou ainda, entre outras coisas, o risco de paralisia política. — A probabilidade de uma virada no desempenho econômico e fiscal do Brasil parece agora improvável em 2016. A agência acrescenta ainda que as principais bases para o rating "Baa3" do País — expansão do PIB (Produto Interno Bruto) — soma de todas as riquezas produzidas no País — de 2% e superávit primário — economia para pagamento da dívida — da mesma magnitude depois de 2016 parecem estar em risco.Saiba como o rebaixamento da nota de crédito do brasil afeta a sua vida Para a agência, o cenário político brasileiro também está mais complicado, com o pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff aumentando as dúvidas sobre a cooperação entre o Congresso e o Executivo para aprovar medidas importantes de ajuste fiscal. — Com o impasse político que complica a aprovação das medidas do ajuste fiscal, reduziu-se a probabilidade de que o governo seja capaz de apresentar superávits primários de tamanhos suficientes para estabilizar os índices de dívida. A última ação no rating do Brasil pela Moody's tinha acontecido em agosto, quando a agência rebaixou a nota de crédito para o último grau dentro da faixa considerada como grau de investimento, com perspectiva estável.Rebaixamento Caso seja efetivado o rebaixamento, a Moody’s será a segunda agência a retirar o selo de bom pagador do Brasil. Em setembro, a Standard & Poor's decidiu cortar o rating do País para "BB+" ante "BBB-", retirando o grau de investimento do País. Na ocasião, a Standard & Poor's esperava que a retração econômica do Brasil disse mais profunda e longa e que o País enfrente dois anos consecutivos de retração do PIB (Produto Interno Bruto) — soma de todas as riquezas do País. Naquele mesmo mês de setembro, o analista sênior de ratings soberanos da agência de classificação de risco Moody's, Mauro Leos, avaliou que o Brasil ainda não estava tão malcomo outros países que perderam o grau de investimento nos últimos tempos pela agência. — Se e quando nós mudarmos nossa visão, não será pelo que outros acham, mas se a evolução se diferenciar do que esperamos.Leia mais sobre Economia e ajuste suas contasAcompanhe todo o conteúdo da Rede Record no R7 Play